O ministro Alexandre de Moraes, ordenou nesta quinta-feira (20), que a Polícia Federal obtenha, em até 48 horas, o depoimento do general Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República.

A decisão ocorreu um dia após a divulgação de imagens gravadas durante os atos em 8 de janeiro, que mostra o ex-chefe do GSI caminhando junto a invasores do Palácio do Planalto. Segundo Moraes, as imagens revelam “graves ações que indicam a incompetência das autoridades responsáveis pela segurança interna do Palácio do Planalto, incluindo a ilícita e conivente omissão de vários agentes do GSI”.

O ministro também determinou a intimação pessoal e imediata do ministro interino do GSI, Ricardo Capelli, para identificar, em até 24 horas, todos os servidores civis e militares presentes nas imagens e quais providências foram tomadas.

Na decisão proferida, Alexandre de Moraes determinou a obtenção de todas as imagens das câmeras instaladas no Distrito Federal, bem como a identificação de todos os militares que aparecem nas gravações do Palácio do Planalto. Além disso, se ainda não ouvidos, os depoimentos desses militares deverão ser colhidos em um prazo de 48 horas.

Membros do Partido dos Trabalhadores (PT) afirmam que outros indivíduos que aparecem nas filmagens faziam parte da equipe do ministro general Augusto Heleno, que comandou o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante a gestão Bolsonaro.

O líder do governo na Câmara dos Deputados, o deputado federal José Guimarães, declarou que a gravação retrata a conduta dos bolsonaristas e acusou que Gonçalves Dias foi cercado por pessoas que tentaram incriminá-lo. Ademais, ele acrescentou que o país sabe que os atos de vandalismo foram patrocinados pelos bolsonaristas.

_{Com informações da Agência Brasil}