O preço do café bateu recordes, e com isso, versões falsificadas do produto começaram a aparecer nas prateleiras dos mercados em todo o Brasil. Chamado de “bebida sabor café”, esse tipo de café não segue as regras de fiscalização e preocupa produtores e autoridades. O produto acabou ganhando o apelido de “café fake” ou “cafake”.

O item, que não é o mesmo que o pó de café, pode confundir consumidores porque tenta imitar as embalagens de marcas famosas — a descrição “pó para preparo de bebida sabor café” fica em letras pequenas, na parte de baixo dos pacotes. Além disso, ele é mais barato.

Apesar de ter um pouco de café de verdade, o produto contém muito mais do que o permitido de outras substâncias, como cascas, pedaços de madeira, pedras e palha. Além disso, pode ser misturado com outros grãos, como cevada e milho, e passar pelo mesmo processo de torra e moagem.

A Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic) já alertou supermercados e redes varejistas sobre o problema e recomendou que as pessoas evitem consumir esse tipo de produto, pois pode trazer riscos à saúde.

A Abic também notificou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério da Agricultura para investigar as vendas desse café, que, segundo a associação, não têm autorização para serem comercializadas.

Fotos desses pacotes falsificados começaram a circular nas redes sociais, o que aumentou ainda mais a preocupação da Abic, já que eles estavam sendo vendidos junto com o café original nos supermercados.