O Ministério da Saúde anunciou que o novo Cartão Nacional de Saúde (CNS) passa a ser emitido com o CPF no lugar do número antigo. A mudança garante que todo cidadão com CPF esteja automaticamente cadastrado no SUS, sem necessidade de inscrição, e visa simplificar o acesso dos pacientes e integrar com mais segurança as bases de dados.
Segundo o ministro Alexandre Padilha e a ministra Esther Dweck, a medida permitirá cruzar informações para combater desperdícios, fraudes e duplicidades. Desde julho, o governo iniciou a revisão do CADSUS: de 340 milhões de registros, 54 milhões sem CPF já foram suspensos. Até abril de 2026, outros 111 milhões devem ser inativados, alinhando o número de cadastros aos 228,9 milhões de CPFs ativos na Receita Federal.
Com o CPF como identificador único, os cidadãos terão acesso unificado a dados como histórico de vacinação e medicamentos do Programa Farmácia Popular pelo aplicativo Meu SUS Digital. Populações sem CPF continuarão sendo atendidas com cadastros temporários ou complementares.
Todos os sistemas do SUS, incluindo a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) e o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), serão adaptados até dezembro de 2026 para operar com o CPF como chave única, permitindo maior transparência, integração e eficiência na gestão da saúde pública.