Senado aprova projeto que regulamenta apostas esportivas no Brasil

O Senado Federal aprovou nesta terça-feira (12), o projeto de lei que regulamenta as apostas esportivas de quota fixa, também conhecidas como bets. O texto, que ainda precisa ser apreciado pela Câmara dos Deputados, prevê a tributação de 12% sobre a receita bruta das empresas e de 15% sobre prêmios obtidos por jogadores.

O projeto também estabelece que as empresas de aposta estrangeiras devem ter pelo menos 20% do capital em posse de uma companhia brasileira. Os sites devem ter uma contrapartida financeira de até R$ 30 milhões para funcionar legalmente por um período de cinco anos. Aqueles que ganharem apostas deverão pagar imposto de renda sobre ganhos a partir de R$ 2.112.

A medida também proíbe publicidade que apresente a aposta como socialmente atraente ou que contenha afirmações de personalidades conhecidas que sugiram que o jogo contribui para o êxito social ou pessoal. Também é vetada a divulgação de afirmações infundadas sobre as probabilidades de ganhar ou que sugiram que a aposta pode constituir alternativa de emprego, solução para problemas financeiros ou forma de investimento financeiro.

O parecer do relator, o senador Ângelo Coronel (PSD-BA), estima que a aprovação da medida gere R$ 10 bilhões para os cofres públicos. O parlamentar argumentou que jogos clandestinos já existem no Brasil e que o mercado precisa ser regulado. Senadores que se opõe ao texto defenderam que a medida possibilita a criação de “cassinos virtuais sem fiscalização”, atividade proibida no Brasil.

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que a regulamentação e fiscalização do setor de apostas esportivas ficará sobre responsabilidade dos ministérios da Fazenda e do Esporte. Ele explicou que uma secretaria cuidará de questões ligadas ao recolhimento de impostos, enquanto outro órgão cuidará do aspecto mais esportivos ligado ao setor. Padilha completou que os órgãos irão trabalhar em conjunto tanto no quesito regulatório quanto no uso do dinheiro arrecadado. O valor será distribuído entre contribuições à seguridade social, ao Ministério do Esporte, educação básica, Fundo Nacional de Segurança Pública e a clubes e atletas com nomes ou imagens ligados às empresas de apostas.

Com informações da Jovem Pan

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