No último dia 21, quarta-feira, um antigo satélite de observação da Terra, o European Remote Sensing 2 (ERS-2), completou sua jornada ao reentrar na atmosfera terrestre sobre o Oceano Pacífico, entre o Havaí e o Alasca. A Agência Espacial Europeia (ESA) confirmou que a reentrada ocorreu sem provocar danos ou feridos, uma vez que a maior parte do satélite, que pesava 2,3 mil quilos, se queimou durante o processo.
Lançado em 1995, o ERS-2 desempenhou um papel crucial na coleta de dados sobre a Terra por mais de uma década, até ser desativado em 2011. Para garantir uma reentrada segura, os controladores de voo tomaram medidas rápidas, baixando a órbita do satélite para evitar colisões com outros objetos espaciais. Esse procedimento esgotou todo o combustível disponível, e o processo de decaimento orbital natural se encarregou do resto, resultando em uma reentrada não controlada.
O ponto notável é que, devido à natureza não controlada da reentrada, não foi possível prever com precisão a localização exata onde os destroços cairiam. Contudo, a vasta área desabitada sobre o Oceano Pacífico minimizou os riscos potenciais.
A ESA, ao se pronunciar sobre o encerramento da missão do ERS-2, destacou o legado significativo deixado pelo satélite. Mesmo após sua desativação, os dados coletados continuam contribuindo para o avanço científico. “O ERS-2 deixou um legado notável de dados que continuam colaborando com o avanço da ciência”, afirmou a ESA em seu antigo canal oficial no Twitter.
Embora tenha cumprido seu ciclo de vida operacional, o ERS-2 permanece como um exemplo de contribuição valiosa para a pesquisa científica, demonstrando a importância do monitoramento contínuo da Terra a partir do espaço.