Neste dia 1º de setembro, quinta-feira, o boletim de ocorrência da Polícia Militar, registrou dois casos envolvendo rescenseadoras do IBGE que trabalham no Censo 2022.
O primeiro caso foi em Rio Branco do Ivaí, na Rua Rio Solimões, quando compareceu ao Destacamento, uma moça, que está trabalhando como recenseadora. Ela informou que uma pessoa conhecida, das iniciais R. S, aproximou-se dela, em tom de ameaça, disse que não queria ela em sua casa, pois caso fosse, iria chamar a polícia, ou seja, teria que registrar um boletim de ocorrência, assim se pondo contrário ao serviço efetuado pela solicitante. Disse ainda que era bravo e jogava água na rua da forma que quisesse. Também afirmou que: perguntar para as pessoas se homem se relaciona com homem é crime.
A vítima revelou que esse tipo de indagação, não existe na pesquisa. O fato teria ocorrido em 29 de agosto de 2022. Se sentindo ameaçada, a recenseadora acionou as autoridades.
Não conseguimos ouvi-lo antes da publicação. Um telefone foi informado, como sendo do acusado, mas as ligações não foram atendidas.
O outro caso foi em Marumbi, uma recenseadora do IBGE, foi alvo de um estupro, sem a prática do ato sexual. A situação absurda foi registrada por volta das 14 horas, na delegacia de Jandaia do Sul, mas o fato ocorreu na Rua Mathias Fernandes, na referida cidade de Marumbi.
Ao comparecer na DP, contou que tem 22 anos e estava coletando dados para o Censo, quando chegou na porta do acusado, que mora com a mãe. Ele sozinho, incialmente, agiu de forma natural, mas usou o álibi que estava com uma panela no fogo, cozinhando, por isso ela deveria entrar na residência, caso quisesse fazer as perguntas.
Ao entrar, fez a pesquisa, mas ao se levantar para ir embora, o rapaz fechou a porta e utilizando-se de força começou a beijá-la na boca sem seu consentimento. Em seguida a arrastou até um quarto, que fica ao lado da sala e a jogou em cima da cama, onde continuou tentando manter relações e passando as mãos em suas partes íntimas. Quando percebeu que não iria conseguir, a soltou e ela conseguiu ir embora.
O Dr. Gustavo de Pinho e sua equipe, foram ao local, enquanto o agente Adilson, o “Baragão”, ficou na delegacia dando atendimento a vítima. Ao chegar ao endereço, o rapaz negou, mas depois confirmou os fatos, dizendo que realmente passou as mãos em suas partes íntimas e a beijou, alegando que houve consentimento da recenseadora. Também afirmou que tem problemas que justificam seu ato, não informando qual seria este problema.
“Nós o prendemos porque acreditamos que não houve o consentimento, já que a jovem procurou a delegacia para registrar o boletim e apresentava-se muito abalada, psicologicamente, com o ocorrido”, informou o Delegado. O nome não foi informado pela Polícia Civil, mas a defesa do detido, afirmou ser ele Rafael, que vai apresentar os argumentos da negativa dos fatos, para provar sua suposta inocência.
RECLAMAÇÕES – Vale ressaltar que, em todo Paraná, os recenseadores estão tendo muita dificuldade. São vários casos de ameaça e incompreensões. O IBGE informa que o serviço destes servidores é importantíssimo para os municípios, já que, além de apontar a exata quantidade de habitantes, pode resultar em políticas públicas específicas, melhorando assim a qualidade de vida do cidadão. Portanto colabore.
Redação – Ronaldo Senes