Raiva em herbívoros é fatal e pode ser evitada com vacinação de rebanhos e controle da população de morcegos

Morretes - Criação de gado. Morretes, 17-01-20. Foto: Arnaldo Alves / AEN.

Com a finalidade de controlar a ocorrência de raiva nos herbívoros no Brasil, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio do Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros (PNCRH), implementa estratégias de vacinação dos herbívoros domésticos (bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos e equinos)  e o controle da população de morcegos hematófagos. Segundo dados do PNCRH, são registrados centenas de óbitos pela doença em animais de produção a cada ano.

Nos herbívoros, a raiva é transmitida principalmente por morcegos hematófagos, conhecidos como morcegos vampiros, por meio da mordida. A doença não apresenta tratamento, sendo fatal quando começam os sinais clínicos: paralisia, queda, tremores, movimentos de pedalagem e dilatação da pupila. 

A raiva em herbívoros tem sido notificada em todos os estados brasileiros. No ano de 2021, foram registrados no país 661 casos de raiva, sendo 642 em ruminantes. De acordo com os registros, 109 casos (17%) ocorreram em São Paulo, 92 (14,3%) em Minas Gerais e 65 (10,1%) no Paraná. Os demais estados apresentaram menos de 10% de casos.

Dentre os maiores riscos, destacam-se a perda direta de animais, redução do ganho de peso , contato ou exposição dos trabalhadores com animais doentes, além de fatores psicossociais decorrentes do tratamento e óbitos de humanos.

A vacinação contra a raiva nos animais é recomendada a partir de três meses de idade, reforço após 30 dias e a revacinação anual para o controle. 

Em caso de sinais neurológicos de raiva nos animais, o Mapa orienta que o produtor entre em contato com o Órgão de Defesa Sanitária Animal de seu estado.

Imagem de capa: Mapa

Redação Cocari com informações do Mapa

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