A deputada estadual cantora Mara Lima (Republicanos) protocolou o Projeto de Lei 618/2024 que institui o Dia Estadual do Sonoplasta, profissional responsável pela criação, transformação e reprodução de efeitos sonoros em diversos tipos de produções audiovisuais, como filmes, programas de televisão, peças teatrais, rádio, jogos eletrônicos e eventos ao vivo.
“É com grande satisfação que proponho o Projeto de Lei que institui o Dia Estadual do Sonoplasta, uma homenagem mais que merecida a esses profissionais que, com sensibilidade e talento, dão vida aos sons e atmosferas que enriquecem nossas experiências em filmes, programas de rádio, peças teatrais, e até nos jogos eletrônicos. Cada efeito, cada som que ouvimos em uma produção audiovisual é fruto de um trabalho dedicado, de alguém que sabe que o som é tão fundamental quanto a imagem para transmitir emoções e envolver o público”, afirmou Mara Lima.
O Projeto de Lei traz, na justificativa, a escolha da data, 26 de agosto, aniversário de Geraldo José, ícone da profissão.
“Na Era do Ouro do rádio, o rádioteatro e a radionovela foram os grandes responsáveis por formar os primeiros sonoplastas do Brasil. Mas quando se fala de sonoplastia no Brasil, um nome não pode faltar: Geraldo José. Ele começou sua carreira como office boy na Rádio Tupi, trabalhando ao lado de Paulo Gracindo. Com o tempo ele começou a aprender a arte da sonoplastia e teve uma longa carreira, sendo um dos grandes nomes da sonoplastia não só no rádio, mas como da televisão e do cinema brasileiro.
Vê-se, pois, que trata-se de uma vida dedicada à profissão, bem como, marcada por grandes prêmios, senão vejamos:
No ano de 1974 foi contemplado com o prêmio “Coruja de Ouro”, do Instituto Nacional de Cinema, em cerimônia no Cinema Palácio, na Lapa, no Centro do Rio de Janeiro.
Em 1988 ganhou o prêmio “Golfinho de Ouro”, pelo conjunto da obra, em cerimônia no Teatro Municipal, prêmio conferido pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro.
Em 2002, foi lançado o filme “Geraldo José: O Som sem Barreira”, de Severino Dadá, com o apoio do Ministério da Cultura – Secretaria do Audiovisual, Funarte Decine CTAV. Com trilha sonora de Carlos Malta, roteiro de Luis Alberto Rocha Melo e Severino Dadá, o média-metragem (52 min.) discorreu sobre sua trajetória como sonoplasta, sobretudo no cinema nacional, com depoimentos de vários convidados, entre os quais Roberto Farias, Jards Macalé, Maurício Sherman, Cyll Farney e Nélson Pereira dos Santos.
No ano seguinte, em 2003, o filme foi premiado no “Festival Internacional de Documentários E Tudo Verdade”, em São Paulo. Segundo informação no próprio documentário, o seu arquivo chegou a ter 13 mil sons, o maior das Américas, ficando atrás apenas do arquivo da BBC de Londres, de 20 mil registros sonoros”, traz o texto.