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Pesquisador da Embrapa passa orientações aos cooperados da Cocari para implementação do Manejo Integrado de Pragas

Um dos grandes desafios enfrentados pelo produtor rural é o controle da infinidade de pragas e insetos que atacam as lavouras. Com o objetivo de manter atualizados os seus cooperados, a Cocari foi buscar na Embrapa informações e dicas de como proceder para a implantação do Manejo Integrado de Pragas (MIP). Dr. Daniel Ricardo Sosa Gomez, entomologista e pesquisador da Embrapa Soja, destaca os aspectos a serem considerados para a implementação do MIP. 

Momento adequado 

De acordo com o pesquisador, a fase oportuna para implantar o Manejo Integrado de Pragas é baseada nas amostragens da área. “Não tem um momento determinado em que deve ser feita a aplicação dos produtos. O importante é monitorar a densidade do inseto de interesse e considerar o nível de ação dos produtos, que é muito variável para cada cultura e para cada praga”, aponta. 

Considerando esses aspectos, Gomez esclarece que o ideal é retardar a entrada da aplicação dos produtos, para evitar que ocorra uma aplicação preventiva desnecessária. “Isso acontece quando se utiliza o produto e a densidade da praga não está no momento apropriado. Assim, o principal aspecto é o manejo da praga no período certo”, explica. 

Utilização de produtos

Outra condição importante é sobre a utilização dos produtos. “O agricultor deve sempre consultar o agrônomo, para que a recomendação seja baseada na eficiência, no modo de ação do produto e deve-se considerar que não seja aplicado novamente no mesmo ciclo agrícola. É preciso evitar a seleção de população resistente aos produtos”, alerta.

O produtor deve levar em conta, além da eficácia, a alternância de produtos, a dose certa e a seletividade que, quanto maior, melhor. “A seletividade significa que aquele produto é destinado à praga, sem controlar outros insetos. O produto não tem que servir para eliminar um variado tipo de insetos, mas ser específico para a praga/inseto que está causando problema na cultura”, ressalta. 

Ele explica que os produtos de amplo espectro são recomendados mais para o final do ciclo, porque eliminam diversos insetos, de diferentes grupos, e podem ter efeito de ressurgência. “Quando se aplica um produto, pode ter surgimento da mesma praga mais para a frente. O que acontece nesses casos é que se elimina os inimigos naturais e a praga ressurge, quando a condição é predisponente aos insetos e são usados produtos inapropriados ou de forma inadequada”, detalha.

Como reduzir os custos de aplicação

Reduzir custos é uma preocupação constante dos produtores, e esse controle eficiente das pragas é essencial neste processo, conforme comenta o pesquisador. “O princípio para controlar as pragas é quando começam a ser problema econômico. Isso acaba reduzindo os custos, porque diminui o número de aplicações e resolve o problema da ressurgência. Quanto mais o produtor retardar a aplicação para o momento certo, melhor, porque a probabilidade de entrar com novas aplicações será menor”, destaca. 

Rotação do modo de ação

Gomez acrescenta que a melhor maneira de manter os efeitos do MIP é continuar com as amostragens. “Se o inseto aumentar a população e tiver risco de causar dano econômico, deve-se implementar novas aplicações, lembrando de observar o modo de ação do produto que foi aplicado, e se necessário, mudar para um com modo de ação diferente, fazendo essa intercalação. Isso se chama rotação de modo de ação”, explica.

Antes, durante e depois do MIP

O pesquisador da Embrapa destacou três momentos importantes no manejo integrado:

Antes – O passo inicial, do antes do MIP, envolve a identificação correta da praga, porque tem insetos de espécies diferentes que são muito parecidos, e os produtos não agem da mesma maneira.

Durante – É importante que as aplicações tenham o nível de ação adequada, seletividade, especificidade dos produtos, momento e dose adequados, não aplicar doses excessivamente altas, seguindo as orientações da bula dos produtos. 

Depois – Após a realização do MIP, o produtor precisa continuar monitorando, pois pode surgir outra praga ou a mesma com maior intensidade, principalmente em culturas com áreas sendo colhidas e outras não, porque os insetos que estavam nas áreas colhidas se dispersam para as que estão presentes no campo, causando ações maiores nas áreas em que a colheita ocorre mais tarde. 

Sazonalidade

O pesquisador defende que o processo de implantação do MIP independe de sazonalidade. “Os insetos estão associados à sazonalidade. Alguns aparecem no início do período de crescimento da planta, outros surgem na fase produtiva. O que não deve ser sazonal é a aplicação do inseticida, ou seja, em datas definidas. Essa determinação de realizar a aplicação deve ser feita pela densidade do inseto na lavoura. Para cada cultura temos ataques de insetos diferentes. Tem inseto que prefere trigo, outros gostam de milho, de soja”, complementou Gomez.  

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Redação Cocari 

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