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Paraná tem safra 22/23 recorde, estimada em 46,3 milhões de toneladas

24/02/2021 - Cascavel, colheita de Soja

O Departamento de Economia Rural (Deral) divulgou recentemente a estimativa da safra paranaense 2022/23, que deve alcançar volume recorde, chegando a pouco mais de 46,3 milhões de toneladas. A safra de 21/22 ficou com 34 milhões de toneladas.

Segundo a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), a colheita do milho de segunda safra está encerrando no Paraná, faltando apenas 1% dos 2,3 milhões de hectares. 

A estimativa é que a produção somada das primeira e segunda safras 2022/23 supere os 17,9 milhões de toneladas, colocando-se entre as maiores do Estado. “A segunda safra é excelente, apesar dos percalços climáticos”, afirma o analista do produto no Deral, Edmar Gervásio. “O mercado ficará bem abastecido”.

Segundo ele, é possível que o Paraná amplie um pouco o volume de exportação, que normalmente fica em torno de 2 milhões de toneladas, superando 3 milhões de toneladas.

Soja

Já os produtores de soja conseguiram avançar bastante o plantio em setembro, na próxima safra. Até o final do mês de outubro deve ultrapassar 20%, volume bastante superior à média de 5% a 7% para setembro. A produção deve alcançar 21 milhões de toneladas. “A largada foi muito boa”, diz Gervásio.

Para ele, esse adiantamento no prazo pode ajudar também a antecipar o plantio do milho segunda safra, caso tenha o clima ideal. “É bom para o planejamento do produtor que teoricamente poderá se beneficiar de um clima mais propício para a semeadura do milho principalmente na região Oeste”, pondera.

Café

A colheita de café da safra 22/23 chegou a 95% da área de cerca de 26 mil hectares, faltando basicamente as regiões de Apucarana, Maringá e Ivaiporã para o término. A nova estimativa apresentada pelo Deral aponta ligeiro aumento na produção do grão, passando de 41,2 mil toneladas para 42,4 mil toneladas, com melhoria da produtividade sobretudo nas regiões de Jacarezinho e Maringá.

“Foram floradas tardias do ano passado que acabaram vingando e culminaram nessa colheita mais atrasada”, salienta o economista Paulo Sérgio Franzini, analista da cultura.

Segundo ele, a próxima safra já teve uma florada boa em setembro. No entanto, a temperatura alta verificada no mês pode comprometer o desenvolvimento. “Há uma dúvida muito grande se pode ou não comprometer o pegamento dessas flores, mas é provável que sim porque a temperatura foi muito alta”, afirma.

Trigo

Comparativamente à previsão de agosto, o trigo perdeu cerca de 10% do potencial, baixando de 4,5 milhões de toneladas para 4,16 milhões, ainda assim recorde para a cultura no Estado. “Já pode ser caracterizado como perda, mas pode reduzir ainda mais”, afirma o agrônomo Carlos Hugo Godinho. Segundo ele, a principal razão é a brusone, uma doença da lavoura.

A colheita atinge cerca de 60% dos 1,4 milhão de hectares e as consequências da doença são observadas somente depois de retirada da terra. “Há má formação de grãos, o que reduz a produtividade em volume mais intenso do que o comum”, explica.

O brusone se beneficiou das altas temperaturas observadas no inverno. Ainda há preocupação com as lavouras a serem colhidas no Centro-Sul.

Redação Cocari, com informações da AEN

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