O Ministério da Saúde realiza, neste sábado (10), o Dia D de vacinação contra a gripe, uma grande mobilização para proteger a população antes do inverno, período de maior circulação de vírus respiratórios. A ação acontece de forma simultânea nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste com atuação conjunta dos Governo Federal, estados e municípios. A meta é vacinar 90% do público-alvo, mais de 81,6 milhões de pessoas, incluindo crianças, idosos e gestantes em todo o país. No Paraná, foram distribuídas 3,7 milhões de doses e a expectativa é imunizar 4,9 milhões de pessoas.
A iniciativa marca a retomada do Dia D Nacional pela vacinação no país. “O Brasil vai voltar a fazer grandes mobilizações nacionais pela vacinação, que é a nossa principal aliada para salvar vidas. O Dia D é uma grande oportunidade para ampliar a nossa cobertura e proteger os mais vulneráveis e evitar complicações que sobrecarregam o SUS”, destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. “No caso da gripe, a imunização pode reduzir em até 60% casos graves e óbitos”, explica.
Para reforçar a cobertura vacinal, o Ministério da Saúde distribuiu mais de 51,3 milhões de doses da vacina contra a gripe para os estados e o Distrito Federal. A imunização é gratuita e está disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de todo o país e pontos de vacinação que serão montados nas cidades. A estratégia do Dia D foi pactuada entre o Governo Federal e as secretarias estaduais e municipais de saúde, como forma de intensificar a vacinação e alcançar a meta da campanha.
A expectativa da campanha, que começou no dia 7 de abril, é vacinar mais de 32 milhões de idosos, 15 milhões de crianças e 1,6 milhão de gestantes, além de milhões de pessoas com comorbidades, profissionais da saúde, professores, povos indígenas, população em situação de rua, entre outros.
Na região Norte, a campanha de vacinação contra a gripe terá início no segundo semestre, considerando as particularidades climáticas da região, já que, nessa época, durante o “Inverno Amazônico”, a circulação viral e a transmissão da gripe são mais frequentes.
Brasil registra aumento de casos de doenças respiratórias
Nesta terça-feira (6), o Ministério da Saúde anunciou um incentivo anual de R$ 100 milhões para reforçar o atendimento a crianças com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no SUS, público que tem registrado aumento nas hospitalizações. O cenário atual é marcado pela predominância do vírus sincicial respiratório (VSR) em crianças pequenas e pelo crescimento das infecções por influenza e em idosos.
O cenário atual de casos de SRAG é marcado pela predominância do vírus sincicial respiratório (VSR) em crianças pequenas e pelo crescimento das infecções por influenza (gripe) em idosos. De acordo com o boletim Infogripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado em 30 de abril, foram notificados 45.228 casos de SRAG este ano no Brasil, sendo 42,9% com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório.
No momento, as maiores incidências das síndromes respiratórias graves são causadas pelo VSR, rinovírus, covid-19, influenza A e influenza B.
Incorporada recentemente no SUS, a vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR) está prevista para ser disponibilizada à população no segundo semestre deste ano. Além disso, casos de bronquiolite podem ser reduzidos com a imunização contra a gripe.
A vacina contra covid-19 foi integrada ao Calendário Nacional de Vacinação e passou a fazer parte da rotina de imunização para crianças menores de 5 anos, gestantes e idosos. A vacina ofertada no SUS é a mais atualizada contra as cepas em circulação e está disponível em todo o país.
Quem pode se vacinar contra a gripe?
A imunização é gratuita e está disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) de todo o país. A vacinação é recomendada para mais de 20 grupos prioritários, com foco especial em:
- Crianças de 6 meses a menores de 6 anos;
- Gestantes e puérperas;
- Idosos com 60 anos ou mais;
- Trabalhadores da saúde e professores das escolas públicas e privadas;
- Trabalhadores dos Correios;
- Trabalhadores portuários;
- Povos indígenas e quilombolas;
- Pessoas com comorbidades, outras condições especiais e deficiência permanente;
- Caminhoneiros e trabalhadores do transporte coletivo;
- Profissionais das Forças Armadas, segurança e salvamento;
- Pessoas em situação de rua;
- População privada de liberdade, adolescentes e jovens em medida socioeducativa e funcionários do sistema prisional.
Ministério da Saúde