
O Paraná vai sediar em janeiro de 2026 a 99ª operação nacional do Projeto Rondon, que mobiliza professores e estudantes universitários em ações de cidadania e desenvolvimento sustentável. A iniciativa será realizada a partir de acordos de cooperação firmados na segunda-feira (20) entre o Governo do Estado, o Ministério da Defesa e 12 municípios. O lançamento aconteceu em Apucarana (Vale do Ivaí), na sede do 30º Batalhão de Infantaria Mecanizado, vinculado à 15ª Brigada de Infantaria Mecanizada da 5ª Região do Comando Militar do Sul.
Denominada Operação Pé Vermelho, a ação contará com a participação de 252 voluntários, os chamados rondonistas, de 20 instituições de ensino superior de nove estados das cinco regiões do Brasil. As atividades fazem parte das políticas de extensão universitária, que aproximam o meio acadêmico das comunidades e incentivam a aplicação prática do conhecimento científico em benefício da população, principalmente em localidades com desafios estruturais, sociais e econômicos.
São seis instituições de ensino superior do Paraná, sendo quatro públicas: as universidades estaduais de Ponta Grossa (UEPG), do Oeste do Paraná (Unioeste) e do Norte do Paraná (UENP), além da Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). As duas particulares são o Centro Universitário de Cascavel (Univel) e a Faculdade de Apucarana (FAP).
Também participam instituições de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, da região Sul; de Minas Gerais e São Paulo, do Sudeste; de Goiás e Mato Grosso, do Centro-Oeste; e do Amazonas e da Paraíba, do Norte e Nordeste, respectivamente.
O Governo do Paraná, por meio da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), será responsável por custear os deslocamentos das equipes e parte da alimentação, com investimento de R$ 263 mil do Fundo Paraná de fomento científico e tecnológico. Ao longo desta semana, na etapa preparatória, os professores que coordenam a ação em cada uma das instituições de ensino superior farão uma série de visitas aos municípios para mapear as principais demandas e planejar oficinas e intervenções de acordo com as necessidades locais.
Para o diretor-geral da Seti, Jamil Abdanur Júnior, as ações de extensão são importantes para a integração entre universidades e comunidades. “As ações de extensão universitária contribuem diretamente para o desenvolvimento das comunidades e oferecem aos estudantes a oportunidade de aplicar o conhecimento acadêmico na prática, despertando nos futuros profissionais um compromisso comunitário para atuar de maneira consciente diante de desafios sociais”, disse.
ALCANCE – As ações serão desenvolvidas em Araruna, Barbosa Ferraz e Luiziana, no Centro-Oeste; Iretama, na Região Central do Paraná; Santa Fé e Tamarana, no Norte; e Bom Sucesso, Godoy Moreira, Jardim Alegre, Lidianópolis, Rio Branco do Ivaí e Rosário do Ivaí, na região do Vale do Ivaí.
Esses municípios reúnem populações que variam de cerca de 3 mil a 15 mil habitantes, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O perfil das cidades reflete desafios socioeconômicos, o que reforça a importância das ações de extensão como instrumento de inclusão e fortalecimento comunitário.
PLANEJAMENTO – Desde a semana passada, os coordenadores participam de um simpósio de orientações da Operação Pé Vermelho, promovido pelo Ministério da Defesa com apoio do Governo do Estado. O encontro reúne temas estratégicos para o planejamento das oficinas e atividades que serão desenvolvidas, como prevenção e resposta para emergências, saúde pública, meio ambiente e desenvolvimento regional, além de promover o intercâmbio de experiências entre as instituições participantes e o alinhamento das diretrizes do projeto.
FORMAÇÃO CIDADÃ – O Projeto Rondon promove cidadania, inclusão social e desenvolvimento sustentável, por meio da integração entre universidades, governos e comunidades, com o apoio logístico das Forças Armadas. As operações envolvem professores e estudantes do ensino superior em ações de extensão universitária, possibilitando a aplicação prática do conhecimento acadêmico. O objetivo é implementar soluções autossustentáveis nas localidades atendidas e fortalecer o protagonismo das comunidades, sem perder de vista o desenvolvimento da consciência social dos estudantes.