Nas últimas semanas, o dólar tem apresentado uma tendência de alta, ultrapassando a marca de R$ 5,60 e encerrando a última sexta-feira cotado a R$ 5,65. Essa valorização pode ser atribuída a diversos fatores, tanto internos quanto externos. Internacionalmente, a incerteza em torno das eleições nos Estados Unidos gera volatilidade nos mercados financeiros, impactando diretamente o valor da moeda americana. A possibilidade de mudanças na política econômica do país, dependendo do resultado eleitoral, faz com que investidores reajam de maneira cautelosa, levando à valorização do dólar.

No cenário interno, a confirmação de um congelamento de R$ 15 bilhões no Orçamento de 2024 no Brasil foi um dos principais acontecimentos econômicos da semana. Essa medida é parte de um esforço do governo para controlar os gastos públicos e manter a responsabilidade fiscal. No entanto, o congelamento gera preocupações quanto ao impacto sobre o crescimento econômico, podendo desestimular investimentos e afetar a confiança dos investidores no país.

Além disso, a alta da moeda americana também reflete uma aversão ao risco global. Eventos geopolíticos, como tensões comerciais e conflitos internacionais, aumentam a procura por ativos considerados seguros, como o dólar, pressionando seu valor para cima. Outro fator é a política monetária dos Estados Unidos, onde o Federal Reserve (Fed) tem mantido uma postura firme quanto ao controle da inflação, sinalizando possíveis aumentos nas taxas de juros. Essa expectativa de juros mais altos nos EUA atrai capitais para o país, valorizando ainda mais a moeda.

Em suma, a alta do dólar nas últimas semanas é um reflexo de um cenário global e nacional incerto, com investidores ajustando suas estratégias frente a possíveis mudanças econômicas e políticas. A combinação desses fatores contribui para a valorização da moeda, impactando diretamente o mercado brasileiro e a economia global.