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Jovens da Cocari comentam o aprendizado oportunizado pelo Cooperlíder

A Cocari reafirmou seu compromisso com o desenvolvimento e capacitação de jovens líderes cooperativistas, ao participar do Cooperlíder Jovem, evento realizado em Curitiba, com o tema “Jovem cooperativista, qual é o seu legado?”. Nesta edição, a cooperativa levou 18 participantes do programa Geração AgroJovem, evidenciando sua dedicação em preparar as futuras gerações. 

O evento reuniu 400 lideranças de 20 cooperativas dos ramos agro e crédito do Paraná. O grupo da Cocari foi acompanhado pelo supervisor de Cooperativismo, Hugo Carnelossi, e a assistente de Cooperativismo, Bruna Mariano. “O evento ofereceu aos jovens uma grande chance de aprendizado e troca de experiências”, destacou Carnelossi. 

Segundo ele, a participação da Cocari reforça seu papel em formar líderes engajados e prontos para contribuir com o crescimento do cooperativismo. “Ao incentivar a presença desses jovens, a Cocari não só investe no futuro, mas também fortalece o movimento cooperativista, garantindo que o espírito de cooperação continue forte”, enfatizou.

Legado e sucessão nas trajetórias

Na abertura do encontro, os presidentes do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, e da cooperativa Bom Jesus, Luiz Roberto Baggio, anfitriã do Cooperlíder, falaram um pouco sobre suas histórias, dando mostra aos jovens de trajetórias permeadas por legado e sucessão, temas centrais do evento.

Ricken destacou o excelente trabalho realizado pelas cooperativas paranaenses, que serve de modelo para outros estados, e desafiou os jovens a olharem para o futuro. “Qual é o seu plano de voo para deixar seu legado?”, indagou. “Pensem no que vocês fazem, nas suas qualidades. Isso é o que vai permitir que vocês cresçam”, destacou.

O presidente da Bom Jesus comentou que os jovens precisam estar atualizados, inclusive sobre o movimento cooperativista regional, no estado e no Brasil. “Só assim iremos propagar a filosofia da cooperação com uma comunicação assertiva. Precisamos estar alinhados, pois o mundo carece de novas lideranças, e este movimento aponta que estamos no caminho certo”, frisou.

O legado jovem

A palestra principal foi ministrada pelo professor Marcos Fava Neves, conhecido como Doutor Agro, que falou sobre o legado jovem. “O Brasil conseguirá se desenvolver, gerando e distribuindo renda, criando oportunidades às pessoas pelo agro. A fazenda, a indústria de alimentos, de bioenergia e o restaurante do mundo. Tudo isso depende muito das escolhas de vida de todos os jovens que atuam no setor, especialmente no que diz respeito à sucessão na propriedade”, afirmou.

No final da palestra, ele destacou 10 características importantes que os jovens cooperativistas devem ter:

Sintonizado – Fique atento ao microambiente (política, economia, sociocultural e tecnologia) e desenvolva uma visão global, com sensibilidade cultural.

Simples – Aprenda a simplificar as coisas, sendo prático, procurando soluções básicas e mais rápidas e resolvendo os problemas que surgem.

Adaptativo – É importante a capacidade de se adaptar em um ambiente em rápida mudança e estar preparado para gerenciar crises.

Inovador – Inove e crie negócios próprios, crie soluções, desenvolvendo suas habilidades nas tecnologias disponíveis.

Investidor – Nunca pare de estudar, sempre progredindo e desejando aprender. 

Relacionado – Melhore a capacidade de se relacionar com os outros, de trabalhar em grupos e compartilhar conhecimentos e soluções, respeitando as diferenças e exercitando a liderança.

Ampla visão – Dê opiniões e respeite opiniões diferentes. Leia editoriais, artigos de opinião e aprenda sempre a ver os fatos com lentes diferentes, equilibrando os pontos e argumentos.

Sonhador – Continue sonhando que as metas, resultados e desejos serão possíveis. Pessoas que não sonham também tendem a se acomodar.

Direcionado para resultados – Um bom profissional precisa entregar resultados. Gerencie a cabeça, a saúde e a felicidade. Desenvolva uma paixão pelo planejamento e mensuração de resultados eficientes.

Comunicativo – Mostre o que está sendo alcançado e busque equilíbrio e elegância para compartilhar com a equipe as principais realizações, usando formas de comunicação digitais (vídeos, mensagens e outros).

Visão mais ampla

Nayadi Cristina Araújo Silva Cavalini Pereira, de Caixa de São Pedro, participou pela primeira vez do Cooperlíder e destacou que o encontro ampliou sua visão sobre o cooperativismo. “Por mais que eu sempre esteja acompanhando o meu pai, não entendia muito bem sobre, e o Cooperlíder trouxe uma visão mais ampla de como o cooperativismo funciona”, disse. “Os temas foram ótimos, abriram minha mente. São experiências diferentes, conhecendo pessoas e histórias, foi um encontro excelente”, reforçou.

Para ela, o conhecimento é o legado de sua família, ao qual ela pretende dar continuidade. “A minha família vem deixando esse legado há muito tempo, passando de geração em geração, e pretendo continuar com isso, passando adiante, sempre buscando conhecimento para deixar um legado ainda maior”, afirmou.

Benefício de cooperar

Wily Francisco Barestello Castro participou pela terceira vez do Cooperlíder. “Esses encontros me trouxeram uma visão do quanto o ato de cooperar pode ser benéfico para todos e quanto a cooperativa pode agregar na sociedade, não só entre os cooperados, mas de forma geral”, aponta. Segundo ele, os encontros proporcionam experiência de como realizar a sucessão na propriedade. “Sobre a sucessão, vejo que a minha formação ajudou e muito na passagem de bastão de meus pais para mim e meu irmão, pois fez com que eles confiassem em mim, nas tomadas de decisão, porém, sempre levando em consideração todo conhecimento que meu pai tem sobre lavoura e agregando o meu conhecimento para melhorar”, ressaltou.

“Eu e meu irmão trabalhamos juntos e sempre buscamos entender melhor todo o processo, desde plantio, colheita até a parte de administração e burocrática, de forma que posso falar que o processo de sucessão já está com 75% concluído, faltando um pouco mais de experiência que vem com o passar dos anos”, ponderou. O que mais chamou atenção de Wily nos temas abordados foi a necessidade de tecnologias no campo. “A mão de obra está cada vez mais escassa e é importante que esse assunto seja tratado para que, na sucessão, não haja total dependência de tecnologias no processo produtivo em um futuro muito próximo”, analisou.

Sobre o tema legado, ele destaca que o Cooperlíder o fez pensar ‘fora da caixinha’. “Não é preciso seguir princípios antigos como fazer faculdade e ir para a cidade trabalhar, no meu caso mesmo fez com que eu escolhesse fazer agronomia e permanecer na lavoura, lugar onde me identifico”, relatou.

Redação Cocari

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