O funeral do papa Francisco está previsto para ocorrer entre os dias 25 (sexta-feira) e 27 (domingo) de abril. De acordo com a constituição apostólica Universi Dominici Gregis, o sepultamento do pontífice deve ser realizado entre o quarto e o sexto dia após sua morte.

A definição da data ficará a cargo da primeira Congregação dos Cardeais, marcada para esta terça-feira (22). Com base nos prazos estabelecidos, é provável que a cerimônia fúnebre aconteça no sábado, dia 26.

O ritual que atesta oficialmente a morte de Jorge Bergoglio será realizado ainda nesta segunda-feira (21), às 20h no horário local (15h em Brasília), no próprio dia de seu falecimento. Francisco morreu nesta segunda vítima de insuficiência cardíaca e acidente vascular cerebral (AVC).

A morte de um papa e a subsequente escolha de seu sucessor seguem uma série de rituais e procedimentos tradicionais. No entanto, no caso de Francisco, falecido em 21 de abril, três particularidades marcam esta transição como inédita na história recente da Igreja.

A primeira delas é a simplificação do protocolo funerário, algo definido pelo próprio pontífice ainda em vida. Outro ponto inovador é o local de sepultamento: Francisco não será enterrado nas tradicionais Grutas Vaticanas, onde repousam 23 papas, mas sim na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma — um local pelo qual ele tinha grande devoção.

A terceira mudança envolve o conclave. Uma norma estabelecida por Bento XVI em 2013 permite que a escolha do novo papa ocorra antes do prazo habitual de 15 dias, desde que todos os cardeais estejam presentes em Roma. A data para o início do conclave será definida nos próximos dias.

Ao todo, 135 cardeais participarão da eleição — um número que deverá tornar este o conclave mais internacional da história. O momento mais aguardado, sem dúvida, será o anúncio do novo líder da Igreja Católica.