O Boro é um nutriente essencial para o desenvolvimento do milho. Mas, por estar presente na matéria orgânica e sua deficiência nem sempre ser percebida, isso leva o produtor a entender, equivocadamente, que não há necessidade de aplicação de produtos para corrigir a falta do nutriente. Isso pode acarretar prejuízos na lavoura, sobretudo a de milho.

“Boro é altamente importante e a sua falta acaba não ficando evidente. O produtor prefere não investir porque não está vendo a deficiência. Mas é nítida a resposta de qualquer cultura quando tem Boro no sistema”, afirma o supervisor do Departamento Técnico da Cocari (Detec), Rodrigo Rombaldi.

Segundo ele, a quantidade necessária do nutriente é baixa, sendo suprida normalmente por meio de matéria orgânica. Mas, para que a matéria orgânica disponibilize o Boro no sistema, depende da qualidade da palhada. “É preciso uma boa cobertura e palhada bem distribuída na área, e não tem sido essa a realidade. Muito do que está na matéria orgânica não está uniforme, o que acaba não suprindo a necessidade de todas as plantas, causando um impacto negativo que não está evidente”, destaca.

Custo X Benefício

Um fator que pode influenciar na decisão do produtor é o custo, mas Rombaldi destaca que este é outro equívoco. “O valor dos produtos à base de Boro impacta muito pouco no custo de produção, em torno de 2%, e os benefícios que esse nutriente traz e garante para a cultura pagam com sobras o investimento”, ressalta.

Ele acrescenta que, na cultura do milho, a demanda maior por esse nutriente é no estádio VT, porém é necessário que tenha o nutriente desde o início da cultura. “Quando utilizamos de insumos que contém o nutriente, padronizamos a lavoura no atendimento desse nutriente, o que traz à planta melhor rendimento e produtividade, o que é mais visto na hora da colheita”, ressalta.

Manejo de Boro

Na cultura do milho, a manutenção do Boro é feita por adubação via solo com adubos no sulco, cobertura e aplicações na dessecação pré-plantio ou feita via folha, com pulverizações. As quantidades são definidas por análise de solo e folha.

A orientação de Rodrigo Rombaldi é que o produtor procure um consultor técnico da cooperativa e solicite a análise de sua área, para identificar eventuais deficiências de Boro e orientar a correção eficiente.

Redação Cocari