Conheça os riscos do uso indiscriminado de descongestionantes nasais

O tempo seco típico do outono aumenta a incidência de doenças respiratória como gripes, rinite e sinusite. E junto com esses problemas vem aquela sensação incômoda de falta de ar, o chamado nariz entupido.

Um recurso frequentemente utilizado para o alívio rápido dessa sensação, muitas vezes comprado sem receita médica, é o descongestionante nasal. Mas o medicamento, se usado incorretamente, pode trazer vários problemas, inclusive vício. Segundo a otorrinolaringologista Renata Moura, “se você usar isso cronicamente, provoca um efeito rebote, ou seja, você pinga o remédio, melhora, e cinco, dez minutos depois, você tem uma sensação de que está super bem e de repente ele entope e te deixa com uma outra sensação de que está mais entupido do que estava antes. Então ele vai te viciar nisso.”

A médica também cita outros graves malefícios que o uso excessivo do remédio pode causar. “Ele acaba causando taquicardia, aumenta sua pressão, pode deixar com a vista turva”.

Isso ocorre quando parte da substância vasoconstritora destes remédios é absorvida pela mucosa do nariz, caindo na corrente sanguínea e alcançando o sistema cardiovascular, o que pode representar uma sobrecarga para o coração. Isso por causa do processo de contração dos vasos sanguíneos. Os perigos são tantos que, no Rio de Janeiro, foi sancionada uma lei que determina que farmácias, drogarias e laboratórios do estado devem expor um cartaz sobre os riscos do uso indiscriminado do descongestionante nasal, com o objetivo de conscientizar a população.

A Anvisa orienta que o tempo de tratamento máximo com descongestionantes é de até três dias. Além disso, aponta que pacientes com doenças como hipertensão e diabetes não devem utilizar o remédio. Outra recomendação importante é o paciente buscar ajuda médica em caso de sintomas adversos, após a aplicação do medicamento.

Agência Brasil

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