
O tão aguardado conclave, que vai escolher o novo líder da Igreja Católica, substituto do papa Francisco, teve início na madrugada desta quarta-feira (7), no Vaticano. Esse é o maior conclave em número de cardeais votantes: serão 133 ao todo, sete deles brasileiros.
As cerimônias começaram logo às 5h da manhã, no horário de Brasília, com a tradicional missa celebrada na Basílica de São Pedro. A liturgia reúniu todos os cardeais eleitores e é dedicada a pedir orientação divina para a escolha do novo pontífice.
Às 11h30, no horário de Brasília, os cardeais se reúnem na Capela Paulina para rezar a Ladainha de Todos os Santos e seguem em procissão até a Capela Sistina.
O padre e teólogo pernambucano Marcelo Barros explica que, ao chegar na Capela Sistina, os cardeais prestam juramento e tem início o período mais reservado e sigiloso do conclave. “Todos os canais de comunicação do Vaticano são cortados”, diz.
No momento da votação, apenas os cardeais com menos de 80 anos participam. Quem tem mais de 80 anos, no entanto, pode ser votado. A primeira votação acontece ainda nesta quarta-feira. A partir de quinta-feira (8), os cardeais passam a votar quatro vezes por dia: duas pela manhã e duas à tarde. Para que um nome seja eleito, são necessários dois terços dos votos: ao menos 89. Ao final de cada rodada, as cédulas são queimadas. Se a cor da fumaça for preta, indica que não houve decisão. Se for branca, um novo papa foi escolhido.
Participam do conclave os cardeais brasileiros dom Leonardo Steiner, arcebispo de Manaus; Dom Jaime Spengler, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil; Dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo; Dom Orani Tempesta, cardeal do Rio de Janeiro. Também estão entre os votantes do conclave Dom Sérgio da Rocha, arcebispo de Salvador; Dom Paulo Cezar Costa, arcebispo de Brasília; e Dom João Braz de Aviz, arcebispo emérito de Brasília e que tem suas raízes no município de Borrazópolis, no Paraná. Dom Raymundo Damasceno, arcebispo emérito de Aparecida, com 88 anos, pode ser votado, mas não vota.
A última eleição papal, em 2013, levou dois dias e cinco votações até que Jorge Mario Bergoglio, arcebispo de Buenos Aires, fosse eleito e se tornasse o papa Francisco.