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Cocari reforça as principais estratégias no desafio do período de transição de águas e seca

O período de transição entre a época das águas e o início do período da seca, corresponde à chegada do outono e inverno e traz grandes desafios à pecuária extensiva. Durante esse período, o manejo dos animais e as práticas nutricionais adotadas têm um impacto significativo no desempenho geral do rebanho. 

Qualidade da pastagem

Conforme esclarece Eduardo Henrique Berns, médico veterinário do Departamento Veterinário da Cocari (Devet), durante o período de águas, há uma abundância de pastagem verde e nutritiva, o que facilita a alimentação dos animais. No entanto, com a chegada do período seco, a disponibilidade e a qualidade das pastagens diminuem significativamente, as folhas das plantas começam a secar e amarelar, mudando todo o seu perfil nutricional. “Somente a pastagem seca não será o suficiente para manter os níveis nutricionais, exigidos pelos animais e acabará refletindo no seu desempenho, trazendo grandes prejuízos para àqueles produtores que não possuem uma estratégia nutricional planejada, para enfrentar esse desafio”, salienta. 

Conservação de forragem

Uma das principais medidas a serem adotadas durante essa transição, é a conservação de forragem. Berns aponto que: “Técnicas como a ensilagem e a fenação são essenciais para armazenar alimento de qualidade, que poderá ser utilizado durante os meses de seca. Além disso, é importante monitorar a condição corporal dos animais e ajustar a suplementação alimentar conforme necessário, para evitar perdas de peso e garantir que os animais recebam todos os nutrientes necessários”.

Suplementos proteicos

Outro fator importante é o uso de suplementos minerais proteicos. “Essa suplementação serve para maximizar os resultados e evitar as perdas de peso nesse período desafiador, pois é uma ferramenta que nos permite corrigir dietas desbalanceadas, melhorando o ganho de peso vivo e a conversão alimentar”, destaca. 

Berns ressalta que produtos proteicos que contenham ureia, podem potencializar o ganho de peso dos bovinos, que estão consumindo pastagem de baixa qualidade, por aumentar a ingestão e a degradabilidade da fibra da planta. “O consumo de um suplemento proteico é de 0,1% do peso vivo, o que é denominado também de suplemento de baixo consumo. No entanto, a suplementação proteica na estação seca só é eficaz quando a forragem disponível não for limitada, ou seja, mesmo sendo de baixa qualidade, ainda precisa da “massa do capim”, pois só a suplementação proteica não conseguirá suprir o déficit de ingestão de matéria seca diário”, adverte.

Ele ainda alerta que, “durante o período em que será fornecido o suplemento proteico, é importante que o produtor esteja atento ao espaçamento de cocho, pois não adianta dar comida aos animais se eles não tiverem acesso ao “prato”, e esse é um dos principais pontos de melhoria que encontramos nas propriedades. Normalmente, no caso de suplementos de menor consumo, podemos trabalhar entre 8 a 10 cabeças por metro de cocho e, nos suplementos de maior consumo, com 4 a 5 animais”.

É fundamental compreender as condições climáticas e as necessidades nutricionais dos animais, para assim, garantir a saúde e a produtividade de todo o rebanho. “É recomendado, sempre que possível, que o produtor busque a orientação de um médico veterinário, engenheiro agrônomo ou zootecnista da Cocari, para que o profissional possa o auxiliar a montar um plano estratégico nutricional bem definido para enfrentar o período, e também com isso, de maneira rápida, consiga adotar estratégias para solucionar quaisquer imprevistos que possam vir a ocorrer dentro desse período de seca.

Redação Cocari

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