Com a chegada do inverno, os piscicultores precisam ficar atentos para algumas situações de risco nos viveiros. A supervisora Técnica e Fomento à Piscicultura da Cocari, Mariana Colhado, chama a atenção para alguns cuidados que podem ajudar a minimizar prejuízos na produção.
Monitoramento diário
Mariana explica que, com o monitoramento diário de temperatura e oxigênio, os integrados têm dados importantes para as tomadas de decisão. “Quando a temperatura da água chega a 18 graus, provavelmente a tilápia perderá o apetite, e o fornecimento de ração deve ser suspenso. Isso porque a tilápia é um animal pecilotérmico, e sua temperatura acompanha a temperatura da água. Em águas frias seu metabolismo irá desacelerar, dificultando a digestão da ração, e consequentemente aumentando a conversão alimentar e possíveis mortalidades”, esclarece.
Atenção ao Oxigênio
Outro ponto de atenção é o oxigênio dissolvido. “Em temperaturas baixas, a tendência é de que os níveis de oxigênio fiquem mais altos e uma estratégia que pode ser adotada é fazer uso de menos aeradores no período da noite, economizando energia, mas principalmente não resfriando ainda mais a água do viveiro”, aponta Mariana.
Ela alerta, porém, que esse manejo deve ser usado apenas quando o produtor tem oxímetro para aferir com exatidão os níveis de oxigênio. A renovação de água pode ser diminuída também.
Alcalinidade da água
Outra situação que merece atenção é a alcalinidade da água. “O ideal é que a alcalinidade esteja entre 50 e 60. Essa correção pode ser feita através de aplicação de cal hidratado na água do viveiro, nas primeiras horas do dia, se não tiver níveis altos de amônia no viveiro em questão”, orienta.
Redação Cocari