Conhecida popularmente como Gripe Aviária, a doença traz grande impacto econômico para toda a cadeia avícola, o que pode refletir na economia brasileira. Altamente perigosa, a doença é causada por um vírus transmitido pelo contato direto com aves infectadas, levando a morte de todo o plantel contaminado. A Gripe Aviária pode acometer todos os tipos de aves, tanto as silvestres, quanto as domésticas, aquáticas e de criação comercial.
Atenção redobrada
Os avicultores e toda a sociedade devem redobrar a atenção e os cuidados para evitar que a doença chegue e se espalhe pelo Brasil, já que se trata de um vírus que pode ser transportado em roupas, sapatos, equipamentos e veículos.
Nos aviários, é preciso aumentar a vigilância e processos voltados à biosseguridade, que envolve um conjunto de medidas adotadas para evitar a entrada e disseminação de doenças, a fim de garantir a segurança dos alimentos e a saúde do plantel, bem com o bem-estar dos trabalhadores envolvidos.
Cuidados necessários
Entre os cuidados necessários aos avicultores estão:
– Restringir o acesso de pessoas aos aviários;
– Não visitar aviários de outros criadores;
– Lavar bem as mãos antes e depois do contato com as aves;
– Limpar e desinfetar equipamentos e calçados frequentemente, ou utilizar proteção plástica nos pés;
– Não compartilhar ferramentas e utensílios utilizados nos aviários;
– Realizar a limpeza e desinfecção de pneus dos veículos ao chegar à propriedade, principalmente caso tenha contato com áreas de outros avicultores.
Período de migração
Entre os meses de novembro e março/abril ocorre a migração de aves para o Hemisfério Sul, sendo considerado um período crítico de propagação devido ao risco de que essas aves que chegam ao Brasil possam estar transportando o vírus da Gripe Aviária. Com isso, o estado de alerta deve ser constante.
Sintomas nas aves
As aves acometidas pela Influenza Aviária podem apresentar os seguintes sintomas:
– Andar cambaleante;
– Torcicolo;
– Dificuldade respiratória;
– Coriza;
– Tosse;
– Diarreia.
Alerta
Até o final de fevereiro, já foram confirmados mais de 130 focos na América do Sul, afetando cinco granjas comerciais no Peru, uma no Equador e uma na Argentina. Conforme determina o protocolo internacional, caso o vírus atinja granjas comerciais, o país tem as exportações de frangos e ovos suspensas. Na noite da última terça-feira (28), com a confirmação de casos em granja comercial da Argentina, o país vizinho suspendeu as exportações. Em terras argentinas, já haviam sido notificados outros 24 casos em aves silvestres e domésticas.
Ação conjunta
O Brasil nunca registrou casos de Influenza Aviária e devemos trabalhar juntos para manter nossas aves livres da doença, com todos os estados colaborando para evitar a entrada do vírus no país.
O Paraná é líder nacional na produção de frangos, correspondendo a praticamente 37% do total produzido e cerca de 40% das exportações brasileiras, gerando milhares de empregos, renda aos avicultores e resultado nas cooperativas. Por meio da intercooperação com a Aurora Coop, a Cocari trabalha no fomento aos avicultores no estado, com mais de 250 aviários em produção. Nesta atividade na Cocari, trabalham mais de 100 avicultores, espalhados em mais de 25 municípios paranaenses.
Cuidado!
Caso encontre aves caídas ou mortas, especialmente as migratórias (verifique a imagem abaixo), mantenha certa distância e entre em contato imediatamente com o órgão de defesa agropecuária do seu município ou região.
Na área de atuação da Cocari, os órgãos são: Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) e Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). Em caso de dúvida, fale com o seu consultor do Devet Cocari.
Redação Cocari, com informações do Mapa, Embrapa e Adapar