Com a chegada do inverno, as atenções dentro dos aviários devem ser redobradas. Os dias frios influenciam diretamente no comportamento das aves e nos índices zootécnicos. 

O supervisor de Avicultura da unidade industrial da Aurora Coop de Mandaguari, Andreo Eckel, destaca que na fase mais fria da estação, os maiores problemas ocorrem na fase inicial do lote, nos primeiros dias de vida das aves. “É preciso aquecer o pintainho, porque ele não tem a capacidade manter a temperatura corporal ainda. O alojamento do pintainho deve ser com temperatura recomendada de em torno de 35ºC, e depois, conforme ele vai crescendo, vai se reduzindo essa temperatura”, explica. 

Principais pontos de atenção

Segundo Eckel, os principais pontos de atenção que o produtor precisa ter são: estar com a máquina de aquecimento, seja fornalha, seja aquecedor à pellets ou a gás, em bom estado, com tamanho suficiente parta comportar o aquecimento do aviário, ter combustível estocado, para manter o período do inverno, principalmente para quem trabalha com lenha, ter lenhas secas para conseguir um bom aquecimento.

Camas secas

O supervisor ressalta que, quando se fala manejo de inverno, é preciso deixar bem clara a importância de fazer um bom intervalo entre os lotes. “É de suma importância manter a cama seca, e com isso produzir menos gases e conseguir trabalhar a qualidade do ar melhor na hora de alojar o pintainho”, aponta, destacando ainda a necessidade de “sempre fazer um pré-aquecimento, buscando atingir os 30ºC de temperatura na cama do aviário, para a hora que o pintainho chegar no alojamento, já se sentir confortável.” 

Conforto térmico

O produtor integrado da Cocari/Aurora, já está bem treinado para entender quando o pintainho está passando frio, ou, por erro nesse controle, está passando calor ao longo do dia. 

Eckel alerta para o comportamento dos pintainhos, que facilitam ao produtor perceber como está o conforto térmico. Segundo ele, os pintainhos com frio tendem a se amontoar para buscar aquecimento com o contato corporal entre um e outro. Já o pintainho com calor tende a ficar deitado, ofegante, às vezes busca uma forma de se enterrar. 

“Mas para não ter erro, o produtor deve ficar atento ao seguinte comportamento: temos que ter 25% de pintainhos comendo, 25% bebendo água, 25% deitados, descansando e 20% caminhando pelo galpão ou brincando. São esses quatro estágios que o pintainho tem que apresentar, para mostrar que está em boa qualidade de ambiência”, reforça.

A vedação dos aviários foi outro ponto destacado pelo supervisor. “É preciso ter uma boa vedação do aviário para conseguir reter o calor que está sendo injetado”, aponta.

Qualidade do ar

O terceiro e mais importante ponto, na avaliação de Andreo Eckel é manter a qualidade do ar no interior do galpão.  “O produtor não pode sacrificar a qualidade de ar do galpão para elevar a temperatura. Não se pode perder a qualidade de ar para manter a temperatura. Esse é um ponto que o produtor acaba errando muito para segurar ventilação, prejudicando a qualidade de ar, o que vai gerar problemas sanitários no lote”, finaliza.