A Coamo Agroindustrial Cooperativa foi reconhecida com o primeiro lugar na categoria Cooperativas e campeã histórica na categoria Agronegócio do prêmio Melhores e Maiores, promovida pela Revista Exame. Considerada a mais tradicional publicação de economia e negócios do Brasil, a premiação comemorou 50 anos e a cooperativa se destaca nessa história por ter sido ganhadora de cinco prêmios Melhores e Maiores, um feito alcançado por poucas empresas. A Coamo foi representada pelo presidente Executivo, Airton Galinari.
O anuário da Revista Exame traz as mil Melhores e Maiores empresas do Brasil e a Coamo ocupa a 49ª colocação no ranking geral. A cooperativa é o grande destaque com R$ 26,7 bilhões de receita em 2022, ante os R$ 23,7 bilhões registrados no ano anterior, segundo levantamento apresentado pela revista.
Em entrevista para a revista Exame, Airton Galinari, diz que só foi possível acompanhar a expansão do agronegócio brasileiro porque os pilares do cooperativismo sempre se mantiveram vivos. Isso significa que, mesmo diante de safras mais volumosas e desafios de infraestrutura, “a Coamo nunca fechou as portas para o cooperado”.
A consistência histórica e o impacto no mercado foram determinantes para a Coamo ser a recordista em premiações anuais no agronegócio em Melhores e Maiores. Todos os anos, diz Galinari, a companhia investe entre 500 milhões e 1 bilhão de reais nas 115 unidades de recebimento de grãos, principalmente visando a amplificação e a qualidade da armazenagem de soja, milho e trigo. “Nós verticalizamos o trigo e temos uma variedade enorme de produtos. Na soja, idem: fazemos óleo, farelo, gorduras. E agora, no milho, estamos produzindo ração e pretendemos ir para o etanol”, diz.
Para os próximos 50 anos, a Coamo passa a contar sua história com ingredientes contemporâneos: digitalização, inteligência de dados e startups. Assim como em outros segmentos do agronegócio, o cooperativismo compreendeu a importância de acompanhar a modernidade e de colocar algumas soluções do campo direto na tela do celular.
Hoje, de dentro da fazenda, os milhares de produtores conseguem acompanhar a cotação das sacas, programar a retirada de insumos e conferir notas fiscais. Caso algum agricultor cooperado ainda não tenha internet, a empresa se prontifica a facilitar a conectividade. “Todo o necessário para a conectividade nós viabilizamos. O cooperado consegue fazer tudo pelo aplicativo”, diz Galinari.
Força do cooperativismo
As 14 maiores cooperativas brasileiras atingiram 107 bilhões de reais em receitas líquidas em 2022, um desempenho 24,2% superior ao de 2021, quando a receita foi de 86,1 bilhões de reais. Os ativos totais em 2022 ficaram em 68,95 bilhões de reais, e os lucros somaram 11,2 bilhões de reais. A margem líquida foi de 10,51%.
A força cooperativista é tracionada pelo campo. Das dez primeiras colocações, nove são cooperativas do ramo agropecuário. “As cooperativas agropecuárias formam a base do cooperativismo brasileiro, elas são a nossa âncora fundamental”, afirma o presidente do Sistema OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), Márcio Lopes de Freitas. Segundo ele, as agropecuárias representam cerca de 25% do total de cooperativas no país, mas respondem por mais de 50% da movimentação econômica de todo o sistema cooperativista, que no ano passado foi de 655,8 bilhões de reais, segundo dados do Anuário do Cooperativismo Brasileiro 2023, divulgado pela OCB.
O movimento cooperativista é formado atualmente por 20,5 milhões de cooperados e emprega 524,3 mil trabalhadores, em sete ramos de atividade (agropecuário, crédito, transporte, trabalho e produção de bens e serviços, saúde, consumo e infraestrutura). Até 2027, a meta é movimentar 1 trilhão de reais por ano e agregar 30 milhões de cooperados, além de 1 milhão de trabalhadores.
Com informações da Revista Exame.