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Chuvas de julho foram benéficas para as lavouras de cooperados da Cocari

Um levantamento realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), no período de 1 a 21 de julho, divulgado no dia 27 no Boletim de Monitoramento Agrícola, abordou a ocorrência de chuvas em todas as regiões brasileiras e as consequências para o cultivo de inverno nas principais regiões produtoras de milho, soja, trigo e algodão. 

O resultado aponta que os maiores acumulados de chuva ocorreram no Extremo-Norte do país, em parte do Nordeste e na região Sul. Na maior parte do país, verificaram-se valores médios de temperatura acima da média histórica, caracterizando um inverno mais ameno.

O boletim aponta que apesar do registro de geadas, de fraca a forte intensidades, principalmente no Rio Grande do Sul, não foram observados danos significativos nas lavouras de trigo, que a evolução do Índice de Vegetação (IV) dos principais estados produtores indicam o bom desenvolvimento das lavouras de trigo e o progresso da colheita do milho segunda safra. 

Em praticamente todas as regiões produtoras, verificou-se a resposta do IV acima da safra anterior e da média histórica, sugerindo boa expectativa de produtividade.

Chuvas na área da Cocari

Nas regiões de atuação da Cocari, no Paraná, Goiás e Minas Gerais, os supervisores do Departamento Técnico (Detec) nos respectivos estados também falaram sobre a ocorrência de chuvas, bem como da influência na produtividade das lavouras dos cooperados. 

Paraná Baixo

Na região do Paraná Baixo, conforme análise do supervisor do Detec, Rodrigo Rombaldi, a situação está bem promissora. “A maioria das lavouras estão em boas condições com expectativa de altas produtividades, apenas os plantios mais atrasados que sofreram um pouco com a estiagem.

Ele explica que o forte do plantio iniciou em meados de fevereiro, quando chuvas constantes auxiliaram no arranque inicial, no controle de pragas, de forma que o desenvolvimento foi bom até o pendoamento da maioria das áreas. 

O momento é de cuidado com a umidade do grão, que não pode estar muito alta, nem muito baixa na hora da colheita, buscando melhor aproveitamento da produção. “É importante nos atentarmos com o período chuvoso, evitar colher com o solo muito molhado e nos preparamos para o manejo de plantas daninhas pois sabemos que a Buva tem como característica emergir nessa época mais fria e chuvosa”, analisa o consultor. 

A expectativa é de boas médias de produtividade, apesar da diminuição das áreas de plantio de milho nesta safra. “Até o momento, tudo aponta para uma safra cheia”, destaca Rodrigo Rombaldi.

Paraná Alto

Na região do Paraná Alto, as chuvas favoreceram as lavouras. “As chuvas foram bem distribuídas durante os períodos de maior necessidade para as culturas do milho e do trigo, gerando, assim, expectativa de boas produtividades”, observa o supervisor do Detec Fábio Ribeiro. “Mesmo com o atraso do plantio do milho segunda safra, as lavouras estão em boas ou excelentes condições, justamente pelo fato de não ter faltado chuva e não tivemos incidência de geada na região norte do Paraná, o que poderia ter ocasionado grandes perdas no milho devido a esse plantio em uma janela mais arriscada”, completa. 

O Trigo também foi favorecido com as precipitações pluviométricas bem distribuídas, principalmente na emergência, perfilhamento e espigamento, sendo percebido no campo lavouras uniformes e com expectativa de boas produtividades. “Já iniciamos a colheita do milho segunda safra em algumas regiões e com previsão de início da colheita do trigo para os próximos 15 dias”, informa o supervisor.

Campos Gerais

Na região dos Campos Gerais, a chuva que ocorreu nos últimos dias beneficiou muito para o desenvolvimento da cultura de trigo principalmente. “Acredito que para a cultura do trigo esses índices de chuvas foram importantes para o desenvolvimento da cultura, porém para os próximos dias teremos uma estiagem com a falta de chuva”, pondera o supervisor do Departamento Técnico (DETEC), Alison Fabri.  

Resta saber se essa estiagem prevista pode prejudicar os benefícios trazidos pelas chuvas. “Ainda está cedo pra avaliar, mas não descarto a possibilidade de ser prejudicado”, comenta.

Goiás

Nas lavouras de milho safrinhas dos cooperados de Goiás tiveram um bom desenvolvimento. De acordo com o supervisor do Detec local, Thiago Guerra. “As condições climáticas foram favoráveis para o desenvolvimento da cultura, algumas áreas com mais pressão de cigarrinha, mas as previsões de produtividade são muito boas, com as primeiras áreas agora de colheita acima de 120 sacas de milho”, apontou.

Minas Gerais

Para os produtores de Minas Gerais a situação a expectativa também é positiva. “Tivemos um alongamento das chuvas, ação esta que foi positiva para as lavouras de safrinha, elevando a produção na região. Em anos passados tivemos uma enorme quebra de safra com milhos chegando a zerar a produção, mas esse ano estamos com estimativas de que a produção possa passar de 100 scs/ha, e isso se dá a esse efeito climático positivo”, comemora o supervisor do Detec de Minas Gerais, Daniel Leme. 

Redação Cocari, com informações da Conab