O cardeal Dom João Braz de Aviz, figura bem conhecida no Vale do Ivaí, voltou a ser apontado como um dos possíveis sucessores do papa Francisco, segundo informações publicadas pela colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo. Padres brasileiros que acompanham os bastidores do conclave veem seu nome como uma alternativa viável — embora surpreendente — no cenário atual da Igreja.
Embora não figure entre os favoritos nas principais listas de analistas do Vaticano, Dom João possui características que o tornam uma opção viável, especialmente como consenso de última hora. De perfil progressista, ele foi próximo do Papa Francisco, com quem, segundo fontes, chegou a assistir a partidas de futebol no Vaticano. Esse relacionamento próximo pode ser um fator decisivo, especialmente em um momento em que se busca um novo pontífice que represente a continuidade do atual pontificado.
Dom João tem 78 anos e nasceu em Mafra (SC), mas foi criado em Borrazópolis, no interior do Paraná. Sua trajetória religiosa teve início na Diocese de Apucarana, onde foi ordenado sacerdote em novembro de 1972. Lá, atuou como reitor do Seminário Maior, membro do Conselho Presbiteral, do Colégio dos Consultores e coordenador geral da pastoral diocesana.
Durante os anos 1980, exerceu o ministério em diversas comunidades da região, incluindo a Paróquia Santíssima Mãe de Deus, Bom Pastor e Bom Jesus, em Ivaiporã, além de atuar como vigário episcopal para 20 paróquias da região sul da diocese.
Dom João também deixou sua marca como arcebispo de Maringá e, posteriormente, de Brasília. Em 2011, foi chamado ao Vaticano, onde assumiu o comando da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica. Tornou-se cardeal em 2012 e permaneceu à frente da congregação até 2025.
No conclave de 2013, que elegeu o papa Francisco, seu nome já circulava entre os possíveis escolhidos. A proximidade com Francisco sempre foi notável — inclusive com relatos de que assistiam juntos a jogos de futebol no Vaticano.
Agora, mesmo sem estar entre os favoritos iniciais, seu nome ressurge entre os “papáveis”, alimentando a expectativa de que um brasileiro, com laços profundos com o Paraná, possa vir a ocupar o trono de Pedro.