Argentina vence a Croácia e vai à final da Copa

A Argentina fez nesta terça-feira, contra a Croácia, aquilo que o Brasil não conseguiu: foi competitiva, teve atuação segura na defesa, aproveitou as chances que criou, contou com a inspiração de um gênio e garantiu lugar na final da Copa do Mundo do Catar. A vitória por 3 a 0, gols de Messi (de pênalti) e Julián Álvarez (duas vezes, uma delas em linda jogada do camisa 10), deixou a equipe sul-americana a um jogo de encerrar uma espera que se arrasta desde 1986, quando conquistou o bicampeonato. A final será contra França ou Marrocos, que se enfrentam nesta quarta. E representará a última chance de Lionel Messi, o craque de uma geração, ganhar uma Copa – a taça que falta, a maior conquista. A Argentina garantiu presença em uma final de Copa do Mundo pela sexta vez.

Primeiro tempo

A Croácia começou melhor. Nos primeiros minutos, teve a bola e trocou passes, com os jogadores sempre muito próximos. A Argentina se fechou na defesa e esperou espaços para sair em velocidade – mas a recomposição croata, quando perdia a bola, era muito rápida. O que faltava à equipe europeia era fazer a superioridade se transformar em chances de gol. Na metade do período, os argentinos ameaçaram se soltar um pouco – e foram diminuindo a distância em posse de bola, que chegou a ser o dobro a favor da Croácia. Aos 24, Enzo Fernández mandou a primeira finalização em gol na partida. O goleiro Livakovic caiu no canto esquerdo e defendeu em dois tempos. Aos 30, Perisic respondeu após boa trama ofensiva e mandou por cima. O jogo ficou mais aberto, e quem se deu melhor com isso foi a Argentina. Aos 31, Enzo Fernández fez lindo lançamento, às costas da zaga croata, para Julián Álvarez. O atacante invadiu a área e foi derrubado por Livakovic. Pênalti claro. Messi bateu forte, no ângulo, e colocou os sul-americanos na frente: 1 a 0. O gol desestabilizou a Croácia, que perdeu a organização mostrada no começo da partida. E isso custou caro. Aos 38, após escanteio mal batido pelos croatas, a Argentina partiu em disparada para o ataque, e Julián Álvarez, trombando, aos trancos e barrancos, ficou com a bola para deslocar o goleiro e fazer 2 a 0. Com a vantagem ampliada, seria natural que a Argentina recuasse. Pois fez o contrário. Postou-se no ataque e quase ampliou em desvio de cabeça de Mac Allister – Livakovic fez grande defesa.

Segundo tempo

A seleção croata tentou repetir na largada do segundo tempo o controle que teve no começo do período anterior, apostando em posse de bola e em trocas de passes curtos – mas com o mesmo pecado, a incapacidade de finalizar a gol. O mesmo não pode ser dito de Messi. Mesmo com dores na coxa, o craque quase ampliou aos 12, quando recebeu após tabelamento e mandou o chute – para boa defesa de Livakovic. A Croácia respondeu aos 16, com Lovren, pelo alto, depois de cruzamento feito por Modric. O goleiro Martínez socou a bola após desvio de cabeça do zagueiro. E aí, poucos minutos depois, aos 23, fez-se luz nos pés de um gênio. Messi pegou a bola pela direita, marcado por Gvardiol, um dos melhores zagueiros da Copa, e acabou com o marcador. Ganhou na corrida, travou, driblou. E apenas rolou para Julián Álvarez fazer mais um: 3 a 0. O gol matou as esperanças da Croácia. E a Argentina ainda teve chances de ampliar – como em finalização de Mac Allister, aos 37, após passe de Dybala. Mas não fez falta. A Argentina já estava na final, Messi já estava na final. Falta um jogo para o tricampeonato argentino e para a maior taça de um dos maiores jogadores da história do futebol.

GE

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