A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou novas regras para a comercialização do zolpidem, medicamento utilizado para dormir. A partir de 1º de agosto, qualquer dosagem deste remédio exigirá receita tipo B (azul), a mesma utilizada para calmantes como clonazepam e alprazolam. A decisão foi tomada devido ao aumento de relatos de uso irregular e abusivo do zolpidem, bem como ao crescimento no consumo e nas ocorrências de eventos adversos relacionados ao seu uso, como sonambulismo e alucinações.
O zolpidem, um hipnótico autorizado no Brasil desde 2007, ganhou popularidade a partir de 2011. Em 2021, foram vendidas mais de 19 milhões de caixas no país. Até agora, apenas as doses acima de 10 mg exigiam receita azul. No entanto, a Anvisa afirma que não há dados científicos que justifiquem uma regulamentação diferenciada para concentrações menores.
Desenvolvido na década de 1980 e comercializado nos Estados Unidos desde 1993 sob o nome Ambien, o zolpidem substituiu os benzodiazepínicos para tratar insônia, sendo preferido por não causar sonolência no dia seguinte se o paciente dormir de sete a oito horas. No entanto, seus efeitos adversos, como a parassonia, são considerados perigosos. Especialistas vinham defendendo uma restrição mais rígida para a venda do zolpidem no Brasil.
Com informações do R7