Os Estados Unidos lideraram a corrida global pelo desenvolvimento da inteligência artificial (IA) entre 2018 e 2023, impulsionados por investimentos massivos. Em 2023, o país lançou 61 modelos de IA, superando a União Europeia (21) e a China (15). No mesmo ano, os custos para treinar modelos avançados atingiram patamares inéditos, com empresas como Google e OpenAI investindo centenas de milhões de dólares.

Entretanto, esse cenário foi abalado em janeiro de 2024, quando a startup chinesa DeepSeek lançou o chatbot DeepSeek R1. Esse modelo inovador apresentou um desempenho comparável ao de grandes assistentes pagos, mas com um custo significativamente menor (US$ 6 milhões). Além disso, a empresa disponibilizou o código-fonte do modelo, permitindo que desenvolvedores do mundo inteiro o aprimorem.

Especialistas apontam que o DeepSeek R1 desafia a hegemonia das gigantes americanas e pode redefinir a corrida da IA, tornando-a mais acessível e menos dependente de hardwares sofisticados. O impacto já se reflete no mercado, com quedas nas ações de empresas de tecnologia e possíveis ajustes nos modelos de negócios das concorrentes.