Ministério Público do Paraná recebe 17 novos promotores substitutos em solenidade de posse no dia 20 de setembro

Dezessete promotores substitutos ingressaram no Ministério Público do Paraná na última sexta-feira, 20 de setembro, em solenidade de posse realizada no auditório do Bloco II da sede da instituição, em Curitiba. Os novos integrantes da instituição foram classificados entre os mais de 3,6 mil inscritos no concurso público iniciado em setembro de 2023. No total, são 44 aprovados, que tomarão posse no cargo durante o prazo de validade do certame (dois anos).

Conheça os novos membros

A sessão solene foi presidida pelo procurador-geral de Justiça, Francisco Zanicotti, e prestigiada por integrantes do MPPR, autoridades, familiares e amigos dos empossados. Além dos presentes, pelo menos 1.350 pessoas acompanharam a transmissão pelo YouTube.

Durante a cerimônia, os promotores receberam as vestes talares de seus familiares, prestaram o compromisso legal e assinaram o termo de posse, lido pela promotora de Justiça Fernanda da Silva Soares, secretária do Conselho Superior do Ministério Público. 

Como não ser do Ministério Público?

Discursando em nome dos colegas, o promotor substituto Felipe Miguel de Souza fez um agradecimento especial a Deus, aos familiares, aos amigos, e “a todos os membros do Ministério Público do Paraná de ontem e de hoje por todo o empenho e dedicação em fazer desta instituição com 133 anos de trabalho, exemplo republicano para o Brasil”. 

Felipe também explicou o motivo da escolha pelo Ministério Público: “Como não ser do Ministério Público? Como não lutar por igualdade substancial, exercício pleno dos direitos e dignidade humana para todos e todas? Sobretudo em nossa sociedade marcada pela desigualdade social, racismo, machismo, exclusão e intolerância entre pessoas que, embora iguais em direitos e obrigações perante a lei, não partilham igualmente os avanços civilizatórios conquistados até então”, enfatizou.

Ele também chamou a atenção para a missão dos promotores de Justiça de serem  defensores da sociedade e garantidores de direitos. “Não nos esqueçamos dos que passam fome, vivem a incerteza da doença ou perderam a esperança. Relembremos o racismo estrutural, o extermínio dos povos indígenas, a marginalização dos pobres e analfabetos, a violência de gênero de homens contra meninas e mulheres, os crimes contra a vida julgados pelo Tribunal do Júri, entre outras violações de direitos, pois produzem exclusão social e sofrimento evitáveis.”

Atuar com propósito

Em sua fala, o procurador-geral de Justiça, Francisco Zanicotti, fez menção ao livro “The Power of Meaning”, da autora Emily Esfahani Smith, que conta sobre como ter uma vida com significado. Zanicotti citou três pilares destacados pela autora a serem considerados na atuação do promotor de Justiça: pertencimento, propósito e contação de histórias. “Ter um propósito, por exemplo, é colocar o conhecimento em movimento. É ser farol em nome do Ministério Público, do povo paranaense e contra a injustiça de todas as formas”, afirmou. “E a felicidade a gente também obtém conhecendo histórias de vida, para agir com amor ao próximo e com compaixão. Como promotores de Justiça, tenho certeza de que terão histórias maravilhosas para contar, e, juntos, faremos grandes coisas acontecerem”, completou. 

Boas-vindas

O corregedor-geral do MPPR, Paulo Sérgio Markowicz de Lima, deu as boas-vindas aos novos membros, parabenizou-os pela aprovação no concurso e afirmou que a Corregedoria estará mais próxima deles principalmente nos dois primeiros anos do estágio probatório. “Esperamos que desempenhem bem a sua função, contribuindo para  tornar o Ministério Público uma instituição melhor do que é hoje”, ressaltou. “Não se esqueçam dos vulneráveis, da pessoa com deficiência, das demandas da infância – que são ‘para ontem’ –, da mulher vítima de violência doméstica, das pessoas que mais precisam de nós. É aí que vocês irão se gratificar como promotoras e promotores de Justiça. É aí que vocês serão agentes de transformação social.”

A presidente da Associação Paranaense do Ministério Público (APMP), Symara Motter, falou sobre o entusiasmo e a recompensa do esforço que via no olhar de cada um dos empossados,  além da ansiedade pelo desconhecido e a expectativa de se colocar de uma forma que possa contribuir significativamente para o aperfeiçoamento da realidade social. “Espero que esse entusiasmo acompanhe cada um ao longo de toda a carreira do Ministério Público como um sinal de que sempre terão no parquet não um simples meio de sobrevivência, mas uma opção de vida, uma opção pela causa pública e pela coisa pública, pela realização da pessoa humana, pelo ideal de servir à sociedade e de doar-se ao munus público. Pela ideia de tentar modificar os alicerces de um mundo desigual”, destacou.

Mesa de autoridades

Compuseram a mesa de autoridades o procurador-geral de Justiça, Francisco Zanicotti; o procurador-geral do Estado, Luciano Borges; o corregedor-geral do MPPR, Paulo Sérgio Markowicz de Lima; o desembargador Eduardo Cambi, representando o Tribunal de Justiça do Paraná; a primeira subdefensora pública-geral, Lívia Brodbeck e Silva, representando o defensor público-geral do Paraná, o subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Jurídicos, Armando Antônio Sobreiro Neto, a subcorregedora-geral do MPPR, Jacqueline Batisti, a subprocuradora-geral de Justiça para Assuntos de Planejamento Institucional, Terezinha de Jesus de Souza Signorini, o ouvidor-geral do MPPR, João Henrique Vilela da Silveira, a presidente da APMP, Symara Motter, o decano do Colégio de Procuradores de Justiça e ex-procurador-geral, Milton Riquelme de Macedo, e a representante da OAB-PR Sílvia Arruda Gomm.

Por Ministério Público do Paraná

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