O presidente da Federação Internacional de Futebol (Fifa), Gianni Infantino, foi uma das primeiras autoridades a chegar, nesta segunda-feira (2), ao Estádio Urbano Caldeira, a Vila Belmiro, em Santos (SP), onde ocorre o velório de Edson Arantes do Nascimento, o Pelé. Em entrevista coletiva, o dirigente enalteceu o legado deixado pelo Rei do Futebol, que faleceu na última quarta-feira (29), aos 82 anos.
“Pelé tinha o dom dos maiores de todos os tempos, algo que poucas pessoas no mundo têm. Um dom de tocar os corações e as emoções das pessoas. É fato que muitas pessoas, como eu, não o viram jogar, mas meu pai sempre falou muito sobre ele para mim”, declarou Infantino.
“Com muita emoção, tristeza, mas também com sorriso porque ele nos deu muitos sorrisos. Como Fifa, vamos homenagear o “Rei” e pedimos para que o mundo inteiro respeite um minuto de silêncio. Vamos pedir para que todos os países do mundo tenham pelo menos um estádio com o nome do Pelé para que as crianças saibam a importância dele”, afirmou Infantino.
“Ele foi o primeiro a fazer muitas coisas em campo. Coisas que 99% das pessoas sequer sonham fazer e que o outro 1% faz uma coisa ou outra”, emendou o dirigente da Fifa, que esteve ao lado de outras lideranças do futebol, como os presidentes das Confederações Brasileira (CBF) e Sul-Americana (Conmebol), Ednaldo Rodrigues e Alejandro Domínguez, respectivamente.
Outra autoridade a prestigiar o funeral de Pelé foi Tarcísio de Freitas. O governador de São Paulo, empossado no último domingo (1º), destacou a importância do Rei do Futebol na história da seleção brasileira. O Atleta do Século é o único jogador a ter conquistado a Copa do Mundo por três vezes.
“É prestar homenagem ao maior de todos. O Brasil deve muito ao Pelé, por tudo que ele fez pelo futebol, pelo país, a forma como se posicionou a vida toda. É uma honra para o Brasil dizer que a gente tem o maior jogador de futebol todos os tempos. Três das nossas estrelas foram conquistadas graças à genialidade do Pelé, que é único, imortal. Nada mais justo do que prestar essa singela homenagem. Acho que é pouco frente a tudo que o Pelé fez por nós”, disse Tarcísio, na chegada à Vila Belmiro.
O velório
O corpo de Pelé, falecido na última quinta-feira (29), foi transportado do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, à Vila Belmiro durante a madrugada. O caixão está no centro do gramado do estádio. O velório é aberto. O acesso do público ocorre pelos portões 2 e 3 (Rua Dom Pedro), enquanto o de autoridades se dá pelos portões 10 e 15 (Rua Princesa Isabel).
Foram erguidas duas tendas no gramado. Uma delas, onde está o caixão de Pelé, é destinada a familiares, ídolos históricos do Santos e convidados. A outra é voltada a demais autoridades. O público em geral anda por um tablado, que fica à esquerda da primeira tenda.
Após o velório, será realizado um cortejo pelas ruas de Santos, que passará pela Avenida Coronel Joaquim Montenegro (conhecida como Canal 6), onde vive a mãe de Pelé, Celeste Arantes, que completou 100 anos no último dia 20 de novembro. De lá, o corpo do camisa 10 será levado à Memorial Necrópole Ecumênica, para sepultamento em cerimônia restrita aos familiares.
Agência Brasil