A 16ª Regional de Saúde de Apucarana lança nesta segunda-feira, dia 22, a campanha “Setembro Amarelo”, uma iniciativa de conscientização sobre a prevenção do suicídio. O diretor da RS, Lucas Leugi, diz que a meta é estimular o diálogo e promover uma mobilização coletiva, envolvendo serviços de saúde e comunidades organizadas.
De acordo com estatísticas oficiais, o Brasil registra 14 mil casos de suicídios por ano, sendo que a faixa etária entre 15 e 29 anos, o suicídio é uma das principais causas de morte. A maioria dos casos está associada a transtornos mentais, muitos não diagnosticados ou sem tratamento adequado.
Segundo avaliação dos órgãos de saúde, o uso intenso de tecnologias, redes sociais, pressão social, isolamento, cyberbullying, entre outras causas, têm impactos crescentes na saúde mental dos adolescentes. E, estes elementos, serão tema de debate no evento. Estudos indicam que tabus culturais e o medo de falar sobre pensamento suicida dificultam que pessoas em crise busquem ajuda.
No evento será abordado o sofrimento mental entre adolescentes, que são afetados pelas tecnologias. Também serão apresentadas estratégias concretas de acolhimento e cuidado compartilhado entre escolas, famílias, serviços de saúde mental, comunidade.
O objetivo da campanha é fortalecer as redes de suporte emocional na área de abrangência da 16ª Regional de Saúde, promovendo um espaço seguro de fala e de escuta, com empatia e informação.
Prevenção – Muitas vidas podem ser salvas se houver reconhecimento precoce de sinais de sofrimento e ideação suicida. A prevenção exige atenção não só dos serviços de saúde, mas de toda a rede de convívio do adolescente: escola, família, comunidade.
Quando o suicídio é tratado como assunto proibido ou vergonhoso, quem sofre se sente isolado, com vergonha, sem meios de buscar ajuda. Romper esse tabu facilita o acolhimento, diminui o estigma.
Embora tecnologias tragam benefícios – como informação e conexão – também existem riscos: comparação, pressão social, exposição a conteúdos negativos, solidão virtual e distúrbios do sono.
É necessário articular saúde, educação, assistência social e comunidade, para promover a integralidade do cuidado. O público-alvo do evento são professores, educadores, diretores de escolas, Profissionais de saúde mental (psicólogos, psiquiatras, enfermeiros, agentes comunitários), lideranças comunitárias e membro do Conselho Tutelar.