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Suspeita de desvios e maus-tratos leva Justiça a intervir em entidade de proteção animal de Londrina

A Justiça determinou a intervenção na Associação Defensora dos Animais (ADA) de Londrina, após ação movida pelo Ministério Público do Paraná (MPPR). A entidade, que abriga cerca de 700 animais, é suspeita de maltratar os bichos e desviar doações da população e recursos públicos.

A liminar, expedida nesta terça-feira (22 de abril) pela 1ª Vara da Fazenda Pública de Londrina, atende a um pedido da 20ª Promotoria de Justiça e nomeia a Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) como interventora. O objetivo inicial é garantir salubridade, saúde e alimentação aos animais, com possibilidade de adoção ou transferência para outras entidades. Em seguida, será conduzido o processo de dissolução da ADA, que já estava em fase de encerramento desde dezembro de 2023.

A Justiça deu prazo de 10 dias para que a atual diretoria entregue documentos financeiros e bancários à Promotoria, com dados desde outubro de 2024 até a data da decisão. Já a CMTU tem 45 dias para apresentar um plano de ação com foco no bem-estar animal e encerramento das atividades da entidade, conforme sugerido pela própria prefeitura, que também apoia a ação e participa do processo como coautora.

Durante a intervenção, a CMTU será responsável pelo cadastramento e avaliação veterinária dos animais, bem como por campanhas de adoção e cuidados emergenciais. O MPPR também pediu o afastamento imediato dos gestores da ADA e o bloqueio do acesso às contas da associação, que passarão a ser geridas exclusivamente pela companhia pública.

A medida busca garantir proteção aos animais e transparência na destinação dos recursos arrecadados, especialmente aqueles doados pela população e repassados pelo Programa Nota Paraná.