O governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), se manifestou nas redes sociais na noite desta terça-feira (4) sobre a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que decretou prisão domiciliar ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Em publicação no X (antigo Twitter), Ratinho Jr expressou solidariedade a Bolsonaro e defendeu equilíbrio entre os Poderes e respeito à Constituição. “O povo brasileiro acorda diariamente buscando prosperidade. E tem visto, infelizmente, cenas tristes, até mesmo com prisão domiciliar”, escreveu o governador.
Ratinho Jr criticou o ativismo político e afirmou que o país não será reconstruído com embates ideológicos. “Não será com ativismo, seja de qualquer parte, que iremos construir um novo País. Devemos buscar o equilíbrio, o fortalecimento das nossas instituições e, sobretudo, a harmonia dos Poderes, respeitando o que está previsto na Constituição”, afirmou.
O governador concluiu a nota com um apelo pela pacificação nacional: “Briga não coloca mais comida na mesa do trabalhador. O Brasil precisa de união para seguir em paz. Ao ex-presidente Bolsonaro, a minha solidariedade.”

Entenda o caso
O ex-presidente Jair Bolsonaro teve a prisão domiciliar decretada por Alexandre de Moraes após supostamente violar medidas cautelares impostas pelo STF, como a proibição de utilizar redes sociais e de manter contato com outros investigados. Segundo Moraes, Bolsonaro desrespeitou essas determinações ao participar virtualmente de uma manifestação no último domingo (3), por meio de uma videochamada com seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que foi publicada nas redes sociais.
Na decisão, Moraes argumenta que Bolsonaro realizou uma “participação dissimulada” no ato e produziu conteúdo para incentivar ataques ao STF e apoiar uma suposta intervenção estrangeira no Poder Judiciário. A Polícia Federal cumpriu o mandado de prisão domiciliar na casa do ex-presidente e apreendeu seus celulares.
O caso gerou repercussão entre aliados e adversários. O governo dos Estados Unidos criticou a decisão e declarou que Moraes estaria “silenciando a oposição”. Já aliados de Bolsonaro, como a ex-primeira-dama Michelle e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, também se posicionaram contra a medida, classificando-a como “vingança política”.
Bolsonaro se tornou o quarto presidente preso desde a redemocratização do Brasil, ao lado de Fernando Collor, Michel Temer e Luiz Inácio Lula da Silva. Apesar da nova medida judicial, ele ainda responde por outros processos, incluindo o que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado, no qual pode ser condenado a até 40 anos de prisão.