Professores do Paraná decretam greve contra terceirização de escolas

Em uma assembleia realizada no último sábado (25), mais de 4 mil professores da rede estadual do Paraná decidiram iniciar uma greve por tempo indeterminado a partir de 3 de junho. A paralisação é motivada pela falta de diálogo com o governo estadual em relação a pautas como o pagamento da data-base, a dívida de 39% do Estado com os educadores, além do projeto de privatização de 200 escolas e o fim da terceirização do cargo de funcionários de escola.

O projeto de privatização, que institui o programa “Parceiro da Escola”, prevê a transferência da gestão administrativa e financeira de escolas com baixo IDEB e em áreas de vulnerabilidade social para empresas privadas. A APP-Sindicato, que representa a categoria, afirma que a proposta representa “a privatização e o fim da escola pública”, apontando como consequências a demissão de professores temporários e a precarização das condições de trabalho.

A assembleia também aprovou um calendário de mobilizações, que inclui a criação de Comandos Regionais de Greve, trabalho de base, acompanhamento das sessões na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), além de um ato estadual em Curitiba no dia 4 de junho, com a realização de audiência pública do Fórum Estadual de Educação e manifestação durante a sessão na Alep.

A presidenta da APP, Walkiria Olegário Mazet, ressalta a importância do engajamento de todos os professores, funcionários, pais, mães e comunidade paranaense na luta pelo direito ao acesso a uma escola pública de qualidade.

Calendário de mobilizações:

  • 27 e 28 de maio: Construção da Greve com a criação dos Comandos Regionais de Greve / Trabalho de Base/ Plataforma Zero/ Acompanhamento das sessões na ALEP (Curitiba e RM)
  • 29 de maio: Construção da Greve com a criação dos Comandos Regionais de Greve / Trabalho de Base/ Plataforma Zero
  • 3 de junho: Início da Greve e reunião presencial do Comando Estadual de Greve em Curitiba
  • 4 de junho: Ato Estadual em Curitiba com a realização de audiência pública do FES e manifestação durante a sessão na ALEP

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