Prefeito de Faxinal veta aumento de salários para o próximo mandato

O prefeito de Faxinal, Ylson Álvaro Cantagallo (PSD), conhecido como Gallo, vetou um projeto de lei aprovado pela Câmara de Vereadores no final de 2023, que propunha um aumento de 12,9% nos subsídios dos vereadores, presidente da Câmara, prefeito, vice e secretários para o mandato de 2025 a 2028. O veto foi enviado na sexta-feira (12) ao presidente do Legislativo, vereador Suéder Martins de Souza (MDB).

Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o prefeito explicou que sua decisão não é motivada por questões políticas, mas sim por considerações administrativas. Ele destacou que, com apenas dez meses de mandato, não deseja deixar um orçamento comprometido para o próximo prefeito, visando evitar prejuízos futuros.

Gallo argumentou que já havia decidido não conceder aumentos aos professores e cancelou a festa de aniversário da cidade no final do ano passado. Além disso, ressaltou outras prioridades no município, como a pavimentação da Vila Nova e Vila Velha, que pretende concluir durante seu mandato.

“Eu acho que a gente já está ganhando muito bem, por isso eu falo para vocês que não é briga política e quero que vocês me perdoem se acharem que estou errado. Mas é uma parte administrativa para a gente estar colocando tudo em ordem”, declarou o prefeito. Ele também enfatizou o compromisso de não deixar restos a pagar e respeitar a Lei de Responsabilidade Social.

O presidente da Câmara, Suéder Martins, expressou surpresa com a decisão do prefeito e discordou da justificativa de Gallo. Martins considera que se trata sim de uma questão política e argumentou que a Câmara está cumprindo as determinações da Constituição Federal, do Tribunal de Contas do Estado do Paraná e da Lei Orgânica do Município ao estabelecer os salários para o próximo mandato.

De acordo com a secretaria da Câmara, a correção proposta nos subsídios e salários é de 12,9%, equivalente à metade do INPC acumulado de janeiro de 2021 a janeiro de 2024, que foi de 24,71%. Os subsídios dos vereadores, sem reajuste desde 2003, passariam de R$ 4,5 mil para R$ 6 mil, enquanto o salário do prefeito aumentaria de R$ 17,2 mil para R$ 18,2 mil.

A Câmara tem trinta dias para analisar o veto do prefeito e decidir se o mantém ou derruba.

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