Pontos positivos e negativos do Plano Safra 23/24

Nesta edição do Momento Agropecuário, o agrônomo Tarcino Davantel continua sua análise do Plano Safra 2023/2024, destacando os pontos positivos e algumas preocupações em relação às medidas anunciadas pelo Governo Federal.

O lançamento do plano ocorreu no dia 27 de junho para a agricultura empresarial, e no dia 28 de junho para a agricultura familiar. Um destaque importante é o aumento do montante de recursos disponíveis, que é 27% maior em comparação ao ano anterior. Para a agricultura empresarial, foram destinados R$ 364 bilhões, enquanto para a agricultura familiar, o valor é de R$ 77,7 bilhões.

Segundo o governo, essa ampliação de recursos é um bom sinal, pois os custos foram reduzidos em relação ao ano passado, e os agricultores que possuem sua documentação regularizada, incluindo o georreferenciamento e o cadastro ambiental rural, terão acesso a esses recursos de forma mais rápida. O Banco do Brasil, por exemplo, já sinalizou a disponibilidade de recursos em suas agências.

Davantel destaca que, apesar dos problemas anteriores entre o governo e o agronegócio, é importante reconhecer que o setor agropecuário é fundamental para a economia do país, e esse anúncio de aumento de recursos é uma demonstração de sensibilidade do governo em relação a essa importância.

Em relação às taxas de juros, elas se mantiveram as mesmas para os grandes produtores, em 12%. Já o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) teve uma redução de 1% nas taxas de juros. Agricultores que adotam práticas conservacionistas e sustentáveis, como o sequestro de carbono e o uso de energias renováveis, serão premiados com uma redução adicional nas taxas de juros. Além disso, as agricultoras também serão beneficiadas com o Pronaf Mulher, com um montante de até R$ 25 mil.

No entanto, uma preocupação destacada por Davantel é a análise do cadastro ambiental rural. No Paraná, por exemplo, apenas 387 cadastros foram analisados, de um total de 500 mil propriedades cadastradas, o que representa apenas 0,07%. O agrônomo espera que o governo estadual se movimente para solucionar essa situação.

Acompanhe a análise completa feita por Tarcino:

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