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Paraná enfrenta epidemia de furtos de cabos de internet e telefonia, com aumento de 21,2% em seis meses

Em um período de seis meses, o estado do Paraná registrou o furto ou roubo de 591 quilômetros de cabos de telecomunicações, que incluem cabos de internet e telefonia. Esse número representa um aumento de 21,2% em comparação com o primeiro semestre de 2022, quando foram levados 487 mil metros de cabos. Esses dados foram revelados em um levantamento realizado pela Conexis Brasil Digital, uma associação que representa as principais operadoras de telecomunicações do país.

Essa estatística coloca o Paraná como o segundo estado do Brasil com maior incidência desse tipo de crime, ficando atrás apenas de São Paulo. A quantidade de cabos furtados ou roubados no estado paranaense é tão significativa que, se esticados, esses cabos se aproximariam da distância entre as cidades de Paranaguá e Foz do Iguaçu.

De acordo com Daniela Martins, Diretora de Relações Institucionais e Governamentais e de Comunicação na Conexis, o número de furtos e roubos tem aumentado constantemente no Paraná, gerando despesas significativas para as empresas, uma vez que elas precisam recompor suas redes afetadas.

No primeiro semestre de 2023, Curitiba foi a cidade mais afetada por esses crimes, seguida por Maringá, no norte do estado, e São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).

A lista das cidades no Paraná com mais casos de furtos e roubos de cabos em metros no primeiro semestre de 2023 é a seguinte:

  • Curitiba: 219.770 metros (37,2% do total)
  • Maringá: 35.845 metros (6,1% do total)
  • São José dos Pinhais: 34.906 metros (5,9% do total)
  • Foz do Iguaçu: 18.609 metros (3,2% do total)
  • Campo Largo: 17.794 metros (3,0% do total)
  • Paranaguá: 17.598 metros (3,0% do total)
  • Colombo: 16.174 metros (2,7% do total)
  • Araucária: 13.548 metros (2,3% do total)
  • Almirante Tamandaré: 12.839 metros (2,2% do total)
  • Fazenda Rio Grande: 11.853 metros (2,0% do total)
  • Total geral no Paraná: 591.054 metros

A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) também relatou um aumento significativo nos registros de boletins de ocorrência relacionados a esses crimes nos últimos três anos:

  • 2020: 7.229 boletins de ocorrência
  • 2021: 14.727 boletins de ocorrência
  • 2022: 18.052 boletins de ocorrência

Em resposta a essa situação, a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) planeja iniciar um grupo de trabalho na próxima semana, que envolverá várias forças de segurança e empresas de telefonia, a fim de enfrentar esse problema de forma mais eficaz.