Pela segunda semana consecutiva, as projeções do mercado financeiro indicam que a inflação de 2025 ficará abaixo do teto da meta estabelecida pelo governo. Segundo o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (24), a estimativa é que o ano feche com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 4,45%.
A meta central de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. Com a nova projeção, o índice respeita o teto de 4,5%. O otimismo do mercado reflete os dados recentes do IBGE, que apontaram uma inflação de 0,09% em outubro — o menor índice para o mês desde 1998 —, fazendo com que o acumulado de 12 meses baixasse para 4,68%, saindo da casa dos 5% pela primeira vez em oito meses.
PIB e Câmbio
O mercado manteve a estabilidade nas previsões para o crescimento da economia. O Produto Interno Bruto (PIB) deve avançar 2,16% em 2025. Para os anos seguintes, a expectativa é de crescimento de 1,78% em 2026 e 1,88% em 2027.
No câmbio, as projeções também não sofreram alterações. A expectativa é que o dólar encerre este ano cotado a R$ 5,40. Para 2026 e 2027, a moeda norte-americana deve ficar na casa de R$ 5,50.
Taxa de Juros
A taxa básica de juros, a Selic, segue como principal ferramenta do Banco Central para o controle inflacionário. A estimativa dos analistas é que a Selic termine 2025 no atual patamar de 15% ao ano.
Embora o Copom tenha mantido os juros estáveis nas últimas reuniões devido às incertezas econômicas externas e à inflação doméstica acima do centro da meta, houve uma revisão para baixo no longo prazo: a projeção da Selic para 2026 caiu de 12,25% para 12%.


