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Julho Amarelo: Ortopedista alerta para diagnóstico precoce do câncer ósseo

Neste Julho Amarelo, mês de conscientização do câncer ósseo, o Dr. Maycon Siqueira, ortopedista da Unidade de Tratamento do Câncer do Hospital da Providência, chama atenção para o tema que, apesar de pouco conhecido, exige cuidado e informação. Segundo a Sociedade Brasileira de Cancerologia, essa doença representa menos de 2% dos casos de cânceres no Brasil, mas se trata de uma doença agressiva, que pode afetar principalmente crianças e adolescentes.

Segundo o ortopedista, o câncer ósseo pode ser classificado em dois grupos: os tumores primários, que se originam diretamente nos ossos e, os metastáticos, que são resultado de outra doença prévia que acaba criando metástase para os ossos.

Dores persistentes, principalmente aquelas que não melhoram com uso de medicamentos habituais e tratamentos indicados por profissionais, ou mesmo as famosas “dores do crescimento”, são consideradas sinais de alerta. “Não existe dor de crescimento. Se a dor está persistente e é localizada, é fundamental procurar acompanhamento”, afirma o médico.

Também é importante observar sintomas associados, como inchaço, vermelhidão ou formação de caroços na região dolorida. “O câncer ósseo não apresenta um fator de risco definido e, ao contrário de outros tipos, não existe exame preventivo para rastreio. Por isso, a principal forma de combate é estar atento aos sintomas e buscar ajuda médica rapidamente”, destaca o Dr. Maycon.

Caso os sintomas persistam, é importante realizar um exame de Raio-X e, se detectado algum tipo de alteração, o paciente segue para avaliação especializada, onde são realizados exames mais detalhados, como ressonância magnética, cintilografia óssea, exames laboratoriais e, quando necessário, a biópsia para confirmar o diagnóstico e identificar o tipo específico do câncer. “O diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de cura e, principalmente, para preservar o membro afetado. Quanto mais cedo o tratamento começa, maior a possibilidade de evitar amputações ou outras cirurgias”, explica o especialista.

Entre os tratamentos estão quimioterapia e cirurgia para remoção da lesão. “O objetivo, sempre que possível, é realizar cirurgias de salvamento do membro, com reconstrução através de próteses ou enxertos”, diz o médico.

“Com o avanço das técnicas cirúrgicas e das próteses ortopédicas, conseguimos não apenas tratar a doença, mas também manter a função do membro. Temos pacientes que, após o tratamento, voltaram a praticar atividades físicas, caminhadas e até esportes”, finaliza.