Conselho de Segurança da ONU volta a se reunir para discutir o conflito em Gaza

Foto: UN Photo/Rick Bajornas

Nesta segunda-feira, 16 de outubro, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) está programado para realizar uma nova reunião em Nova York, onde pode retomar as discussões sobre a escalada do conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas.

Embora a agenda oficial do conselho inclua consultas sobre a guerra civil na Líbia e o avanço de grupos extremistas na República Democrática do Congo, há uma crescente expectativa de que os membros do conselho retomem a análise de propostas de resolução relacionadas ao confronto no Oriente Médio, que já resultou em quase 4 mil mortes.

Até o momento, os conselheiros têm avaliado dois rascunhos de resolução, um apresentado pela Rússia, que está pressionando pela votação de sua proposta nesta segunda-feira, e outro pelo Brasil, que está presidindo o conselho durante o mês de outubro. As deliberações sobre essas propostas continuam.

Na última sexta-feira, o conselho realizou uma reunião especial exclusivamente para discutir o conflito, mas não chegou a um consenso para adotar um texto abordando a escalada das hostilidades entre o Exército de Israel e o Hamas.

O Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, relatou que, naquela ocasião, os membros expressaram o desejo de forjar uma “posição unificada” em relação à situação. Vieira, que liderou a reunião na última sexta-feira, afirmou que o Brasil se comprometeu a buscar um acordo para evitar “mortes e derramamento de sangue”.

O consenso é fundamental para a aprovação de uma resolução no conselho. Para que uma resolução seja adotada, são necessários, no mínimo, 9 votos favoráveis entre os 15 membros do conselho, desde que nenhum dos cinco membros permanentes (Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China) vote contra.

O Conselho de Segurança da ONU, considerado o órgão mais importante da organização, emite resoluções que devem ser seguidas por todos os 193 países-membros das Nações Unidas e tem o poder de impor sanções.

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