Consumidores que planejam trocar de celular ou notebook devem se preparar para uma alta nos preços a partir de 2026. Segundo especialistas, o avanço acelerado da Inteligência Artificial (IA) gerou uma crise na oferta de memórias RAM, componente essencial para o funcionamento de diversos dispositivos eletrônicos.

A escassez ocorre porque as grandes fabricantes globais estão priorizando a produção de chips avançados para data centers de IA, que oferecem margens de lucro maiores. Com isso, a fabricação de memórias tradicionais, como a DDR4 — utilizada em modelos de entrada e intermediários —, foi reduzida drasticamente, encolhendo os estoques mundiais.

O impacto já é visível em alguns componentes. Levantamentos mostram que modelos específicos de memória RAM tiveram altas superiores a 140% em curtos períodos. No Brasil, o cenário é agravado por fatores como o câmbio e custos logísticos, o que pode tornar os reajustes em produtos finais, como smart TVs, carros e consoles de videogame, ainda mais agressivos.

A expectativa do setor é que a instabilidade no mercado de memórias se estenda até 2029. Além do aumento de preços, os consumidores podem encontrar aparelhos com configurações mais simples, mas mantendo o valor de mercado das versões anteriores.