No dia 13 de setembro, em Campo Grande, a Polícia Federal realizou a prisão do piloto de uma aeronave que efetuou um pouso forçado em uma região interiorana de São Paulo, transportando uma carga de 500 quilos de cocaína. Esse avião havia sido interceptado previamente por um caça da Força Aérea Brasileira (FAB) em 18 de janeiro, quando o piloto havia conseguido escapar das autoridades e permanecia foragido desde então. A detenção ocorreu em decorrência de um mandado de prisão preventiva emitido pela Justiça Federal.
Além da prisão do piloto, as autoridades cumpriram dois mandados de busca, com o objetivo de identificar e capturar outros possíveis membros envolvidos nesse esquema de tráfico. A identidade do piloto detido não foi revelada, mas há suspeitas de que ele prestava serviços para organizações criminosas ligadas ao tráfico internacional de cocaína.
De acordo com informações da PF, as investigações estão em andamento, e o suspeito responderá pelo crime de tráfico internacional de drogas.
O avião em questão foi detectado pelo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle Aéreo (Cindacta) quando cruzou a fronteira entre o Paraguai e o Brasil, no estado de Mato Grosso do Sul. Dois caças A-29 Super Tucano passaram a seguir a aeronave, que não havia apresentado um plano de voo oficial. Diante da suspeita de voo clandestino, o comandante de um dos caças ordenou ao piloto da aeronave clandestina que realizasse um pouso imediato em um aeroporto ou aeródromo.
O piloto da aeronave clandestina, então, realizou um pouso forçado em uma plantação de soja, localizada no município de Santa Cruz do Rio Pardo, no interior do estado de São Paulo. Testemunhas locais relataram que duas pessoas abandonaram a aeronave e fugiram para uma área de mata.
Entretanto, a Polícia Federal informou que somente o piloto estava a bordo da aeronave, que estava repleta de cocaína na cabine. Após a pesagem da carga, foram encontrados 528 quilos de cocaína, avaliados em mais de R$ 15 milhões.