Os pequenos produtores rurais das regiões Norte e Centro-Oeste passaram a contar com uma nova modalidade de microcrédito produtivo rural, o AgroAmigo. O programa vai destinar R$ 1 bi dos fundos constitucionais para apoiar produtores rurais das duas regiões.
O lançamento da campanha “AgroAmigo – Microcrédito pertinho da gente” foi realizado pelo governo federal no início desta semana, em Brasília (DF), e contou com a participação do Banco da Amazônia, que deve operacionalizar a nova linha de crédito na Amazônia.
A nova modalidade de microcrédito produtivo rural é voltada a agricultores de baixa renda, cujas famílias tenham renda bruta anual de até R$ 50 mil e que trabalhem em atividades agrícolas como forma de subsistência.
Segundo o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), o AgroAmigo pode possibilitar a inclusão de 100 mil famílias das Regiões Norte e Centro-Oeste. A iniciativa foi inspirada no programa de mesmo nome, do Banco do Nordeste (BNB).
Conforme o Banco da Amazônia, o microcrédito rural é destinado a agricultores familiares para estimular a geração de renda e melhorar as condições de vida e trabalho no campo. Inclusive, para a instituição financeira, os produtores rurais de pequeno porte são prioridades para o banco.
Poderão usufruir do crédito agricultores, pecuaristas, pescadores artesanais, indígenas, quilombolas, extrativistas. O subsídio pode ser aplicado em diversas melhorias na propriedade, de forma estrutural, e também no sistema produtivo – como construção de reservatórios e armazéns e na implantação de sistemas de irrigação.
Os recursos também podem ser utilizados pelos produtores rurais em ações voltadas à sustentabilidade – as quais são apoiadas pelo Banco da Amazônia, como a recuperação de pastagens.
O evento contou com a participação do Gerente Executivo de Estratégias de Negócios do Banco da Amazônia (GENEG), Misael Moreno e do Coordenador de Microfinanças (COMIC), Melquesedeque Filho.
Misael Moreno destacou a importância do programa para os produtores rurais da Amazônia.
“Ao levar o AgroAmigo para a Amazônia, o Banco da Amazônia amplia e fortalece a agricultura familiar como pilar estratégico de fomento, reduz as desigualdades regionais e impulsiona a sustentabilidade na Região Norte”, pontuou Misael.
Também participaram do lançamento outros órgãos federais e autoridades, como o Ministro da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR), Waldez Góes; o Secretário do MIDR, Eduardo Tavares; o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA); o Superintendente da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM), Paulo Rocha; a Caixa Econômica Federal (CEF); o Banco do Brasil (BB), entre outros convidados.
AgroAmigo
De acordo com o governo federal, o Agroamigo abrange grupos diversos, desde assentados, ribeirinhos, comunidades extrativistas e pescadores, a indígenas e quilombolas.
Segundo o Banco da Amazônia, o Agroamigo reconhece as especificidades e vulnerabilidades de diferentes perfis dentro da agricultura familiar. Sendo assim, a linha de crédito deve disponibilizar limites diferenciados conforme o perfil do beneficiário.
Confira a destinação de recursos para cada perfil:
- Mulheres poderão acessar até R$ 15 mil;
- Jovens, até R$ 8 mil;
- Homens, até R$ 12 mil.
De acordo com a instituição financeira, uma mesma família pode somar até R$ 35 mil em crédito – desde que cada integrante esteja inscrito no Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF).