O delegado chefe da 54ª Delegacia Regional de Polícia Civil (DRP) de Ivaiporã, Erlon Ribeiro, divulgou nesta sexta-feira (8) uma nota sobre o caso Maria Raimunda. O comunicado foi emitido após uma manifestação do MST Mulher, pela manhã, que terminou em frente à delegacia e pedindo a identificação do autor do assassinato de uma moradora do Assentamento 8 de Abril, em Jardim Alegre. Inicialmente, acreditava-se que ela foi morta em um ataque de cães, mas o trabalho investigativo do delegado e outros profissionais da DRP apontou para um possível feminicídio.
Leia, na íntegra, a nota divulgada pelo delegado:
Inicialmente a Polícia Civil parabeniza o movimento pela forma pacifica pela qual exerceu o direito constitucional de manifestação. Informa que representantes do movimento foram recebidos sendo apresentadas as conclusões investigativas já documentadas.
Esclarece que o caso sempre foi prioritário por ser tratar de crime contra a vida. No entanto, a investigação é de elevada complexidade, sendo classificado como homicídio apenas após a realização de inúmeros exames periciais.
Ao todo foram ouvidas 18 testemunhas, 10 exames periciais foram realizados incluindo DNA, toxicologia, papiloscopia, exames veterinários nos animais que teriam mordido a vítima, exame de local de morte, exame de necropsia, dentre outros.
Apesar de todas as diligencias realizadas, até o presente momento, não há elementos seguros quanto a autoria delitiva.
É importante esclarecer que o trabalho investigativo da Polícia Civil é técnico não sendo baseado em achismos ou conjecturas. Em nenhuma hipótese o Delegado de Polícia pode representar por prisão ou outra medida cautelar sem que existam elementos seguros de autoria.
Dessa forma, a Polícia Civil informa que o caso segue em investigação estando aberta a receber informações que possam auxiliar no total esclarecimento do caso.