A sessão da última segunda-feira (21) na Câmara de Vereadores de Borrazópolis foi marcada por uma polêmica envolvendo a decisão do município de cortar o adicional por insalubridade de servidores públicos e a criação de um novo cargo comissionado.
Durante a sessão, o Executivo apresentou um projeto para a contratação de um assessor de imprensa, através da criação de cargo comissionado. Para garantir a aprovação do projeto, o município anexou também a contratação de um enfermeiro.
Vereador da oposição, Valdinei Del Grande, o Di, apresentou uma emenda para que fosse contratado apenas o profissional de enfermagem. Em sua fala, ele alegou que não é o momento de contratar um assessor de imprensa e abrir mais um gasto nos cofres públicos, enquanto na outra ponta os servidores estão perdendo o adicional por insalubridade.
“Como eu vou explicar pro servidor dos serviços gerais e pros motoristas da saúde que eles vão ter um corte de R$ 200 na renda mensal, e a prefeitura está abrindo um cargo com custo de R$ 3.640,70? Não estou questionando a necessidade de um assessor de imprensa, mas o momento não é oportuno. Proponho que seja resolvido primeiro o porquê de tirar esse adicional por insalubridade antes de discutir a contratação”, pontuou. No entanto, a emenda apresentada por ele foi derrubada, por 6 votos a 2 (além de Valdinei, Zé do Correio votou pela emenda).
O projeto que cria o novo cargo comissionado foi aprovado em primeira discussão e segue para segunda discussão na próxima semana.
Leandro Cividini, vereador da base governista, pediu a fala durante a discussão e defendeu a contratação de um assessor de imprensa, alegando que desconhecia o corte do adicional por insalubridade proposto pelo município.
Ainda durante a sessão, os vereadores da situação confirmaram que, após a cobrança, a prefeitura decidiu suspender o corte.
Veja o vídeo com o momento da discussão: