Para o técnico Carlo Ancelotti, o caminho para a Seleção Brasileira reconquistar o protagonismo no cenário mundial passa mais pela atitude dos jogadores do que pela estratégia tática. A declaração foi dada nesta quinta-feira (9), enquanto a equipe se prepara para os próximos desafios.
No comando do Brasil desde maio, após sua vinda do Real Madrid, o treinador italiano destacou que o pouco tempo para treinar com o elenco completo dificulta o aprimoramento tático. Por isso, aposta no espírito de equipe e no talento individual para superar os desafios rumo à Copa do Mundo.
“A parte mais importante não é a estratégia, é a atitude dos jogadores no campo. Para isso, não é preciso muito tempo de preparação”, afirmou Ancelotti em entrevista coletiva.
Apesar da irregularidade nos quatro primeiros jogos — com vitórias sobre Paraguai e Chile, um empate com o Equador e uma derrota para a Bolívia —, o técnico se mostrou satisfeito com a organização defensiva. “Gostei muito do jogo defensivo da equipe. A equipe se defendeu muito bem: compacta, unida, comprometida, intensa”, avaliou.
No entanto, ele cobrou uma evolução com a bola nos pés. “Onde a equipe deve melhorar, e amanhã (10) é uma oportunidade, é no jogo com a bola”, pontuou.
O Brasil enfrenta a Coreia do Sul nesta sexta-feira (10), em Seul. Na sequência, o desafio será contra o Japão, na terça-feira (14), em Tóquio. Para os confrontos na Ásia, o volante Casemiro foi escolhido para ser o capitão, função que não exercia desde 2023.
“Sem dúvida, a minha relação com o treinador, que conheço há mais de dez anos, gera uma afinidade maior, mas gosto de demonstrar. Eu gosto de dar mais exemplos de como fazer”, disse o novo capitão.
Ancelotti finalizou reforçando a necessidade de união pelo objetivo principal: o hexacampeonato. “Cada um de nós pensa no objetivo, que é muito claro: temos de ganhar a Copa do Mundo, não ser o melhor jogador do mundo”, concluiu.